domingo, 6 de novembro de 2011

Tour 311 - Morroko Atlas Tour - uma viagem de aventura!


 23 -24 de outubro de 2011
A saída de São Paulo foi tranqüila, o vôo sem percalços, e a chegada em Lisboa no horário previsto. O vôo para Marrakesh, num pequeno avião da Embraer, de 39 passageiros, saiu às 10.30 da manhã, e chegamos em Marrakesh 11.10, com um fuso horário de – uma hora em relação a Portugal e duas horas em relação ao Brasil.
Fui direto para o hotel Golden Tulip, de ônibus, porque o táxi queria muito dinheiro para um trajeto muito curto. Neste hotel tinham sido feitas as reservas pela organização da KTM para todo o grupo da KTM.  Resolvi almoçar no hotel, pois havia um Buffet montado entre a varanda e a piscina que era convidativo. Depois de um merecido descanso fui, a pé, ao centro da cidade. Passei pelas ruelas estreitas do mercado. Havia uma profusão de turistas e muitas motos passando pelas ruelas do mercado, o que atrapalhava um bocado. Começou a escurecer e caiu uma leve garoa, o que para aquela região é muito estranho. Resolvi pegar um taxi e voltar (40 Dirham = 4 euros). Peguei informações com o concierge sobre um passeio a fazer no dia seguinte, e decidi fazer o Vallée d’Ourika, sugerido pelo nosso coordenador, Klaus Kinigadner, da KTM. 







25 de outubro de 2011
Após um laudo café da manhã, entrei no microônibus que levaria um grupo ao Vallée d’Ourika. Sentei ao lado do motorista, o que possibilitou uma vista privilegiada.  Saímos às 9h30. No trajeto paramos para tirar fotos na entrada de um vale, onde havia alguns camelos e ponto de venda de artesanato diverso e fósseis petrificados. Prosseguimos e próximo do restaurante onde iríamos almoçar paramos num laboratório fitoterápico. Após explicações a respeito dos diferentes benefícios da ingestão ou aplicação de extratos de ervas, serviram-nos um chá de hortelã quente e doce.  De lá, ainda paramos numa casa berbere típica onde havia um moinho movido a água para a moagem de trigo e de cereais e visita às dependências. Na cozinha uma mulher estava batendo manteiga, havia dois pontos de fogo para cozinhar comida e no canto havia parte de um riacho desviado para lavar os utensílios.  Voltamos ao restaurante, onde almoçamos. Durante o almoço fomos consultados se queríamos estender o passeio até a ida a uma cascata com um suplemento de 35 Dirhams, o que foi aceito por todo o grupo. De lá fomos, a pé, até a cascata, através de um caminho inicialmente plano, mas terminando de forma bastante íngreme – quase uma escalada – subindo o leito do rio, no meio das pedras. No retorno havia silêncio total no ônibus.  As pessoas estavam cansadas. À noite, houve o primeiro briefing com todos os participantes do KTM Tour Marrocos – Tour 311 Morroco Atlas Tour -, que neste meio tempo haviam chegado ao hotel. No total foram 17 participantes, de várias nacionalidades: alemães, austríacos, italianos, canadenses, franceses e eu como brasileiro.  Combinamos o horário de saída – 7h30min, pois teríamos um longo trajeto pela frente. 








































26 de outubro de 2011
Primeiro dia do tour! Todos animados, com suas possantes motos KTM: KTM 450CCEXC ano 2012 com injeção eletrônica! Definimos os grupos, e eu inicialmente fiz parte do grupo 1. Saímos efetivamente às 8 horas. Seguimos para Boumalne Dades (1800m), que fica a 377 km de Marrakesh. Neste trajeto passamos pelo contraforte do Atlas através de  trilhas e leitos de rio secos, com muitas pedras, de todos os tamanhos e formatos, até a passagem pelo ponto mais alto. Pegamos o asfalto. Neste trajeto houve abastecimento de emergência num vilarejo no meio das montanhas, pois havia acabado o combustível de uma das motos. Depois encontramos com a van, fizemos um lanche e reabastecemos nossas motos. 200 km de terra, e o trecho final novamente em asfalto, já de noite. Chegamos no hotel Xaluca Dades por volta das 19 horas, já noite escura. Estávamos todos cansados, pois pilotar sobre pedras não é muito fácil. Jantamos no próprio hotel. Após o jantar, tivemos o briefing referente ao dia seguinte. 













27 de outubro de 2011
Neste dia fizemos um passeio pela região, visitamos o desfiladeiro Gorges Du Todra. Percorremos 277 km. Retornamos ao mesmo hotel para mais um pernoite. 

















28 de outubro de 2011
O trajeto de Boumalne Dades até Merzouga é de 300 km. Deixamos as montanhas e iniciamos a fase de planície. Em Merzouga encontra-se o Erg Shebbi, que são as maravilhosas dunas do Marrocos. Foi um trajeto muito árido, cheio de pedras, com um visual muito bonito.  Neste trajeto paramos numa duna imensa, de onde se tem uma vista fantástica.  Pernoitamos no hotel Ali Lel Cojo. Este hotel servia de base no Rally Paris Dakar. Nesta região treina-se muito para os diferentes rallys (Paris-Dakar, Rally Morroco, etc). 


















29 de outubro de 2011
Neste dia, fizemos o passeio pelas dunas, dividido em dois períodos: manhã e tarde. A razão é que, com a proximidade do horário do meio dia, com o sol na vertical, a pilotagem nas dunas fica comprometida porque vc não distingue se a duna está subindo ou descendo. Próximo do meio dia retornamos ao hotel para o almoço. Neste dia optei em descansar na parte da tarde, para cuidar dos meus hematomas e preparar o espírito para a etapa do dia seguinte, com um trajeto de 400 km, todo ele off road. 



























30 de outubro de 2011
Neste dia, fomos de Merzouga a Quarzazate.  Neste meio tempo eu já estava no grupo 2, mais tranquilo que o grupo 1, mas com bons pilotos, pois o grupo 1 somente queria saber de correr, sem apreciar o entorno. Quarzazate é a cidade com vários estúdios cinematográficos, onde são rodados filmes que envolvem cenas de deserto. Passamos por um set de filmagem onde estavam fazendo tomadas de cena do novo filme 007 .  Ficamos no hotel Kenzi Farah .












31 de outubro de 2011
A maioria dos participantes já estava batendo pino, e o grupo 3 optou por retornar a Marrakesh pela estrada de asfalto. Os outros grupos foram por trilhas de terra e por vezes asfalto. O trajeto de Quarzazate ate Marrakesh é de cerca 190 km. Antes de chegar no hotel, paramos num posto de abastecimento onde as motos foram lavadas. No total andamos, durante todo o tour, 1600 km.Em Marrakesh, ficamos novamente no Golden Tulip. Entregamos as motos, que foram devidamente embarcadas em um caminhão baú com carreta fechada. 21 motos, peças de reposição, óleo, uma tranqueira danada, que no dia seguinte foi levado a Tanger, para o retorno à Áustria, pois a saída de balsa rumo à Espanha era previsto para as 17 horas. 









 
1 de novembro de 2011
Eu fiquei mais um dia em Marrakesh, pois a TAP não tinha conexão no dia seguinte para Lisboa. Depois do café da manhã e da despedida do pessoal, fui trabalhar um pouquinho via Internet. Almocei no hotel, e só saí à tarde para ir à praça central, onde tomei um refri e apreciei o movimento no 2. andar do bar.  Já era noite, e a movimentação intensa. Ainda fiz o check in online no hotel, e consegui o assento de emergência que, devido à minha altura, é super importante. 





2 de novembro de 2011
Saí cedo do hotel em direção ao aeroporto. Desta vez fui com um Fokker 100, lotadaço, até Lisboa. Havia muitas pessoas idosas no vôo. Em Lisboa estava chovendo. A bagagem principal foi despachado direto para Guarulhos, e a minha mochila deixei no guarda volume. Peguei o ônibus em direção ao centro de Lisboa. Saí na estação do Rossio e fui procurar um restaurante para almoçar. Aproveitei e comi um bacalhau que estava delicioso, acompanhado de um bom vinho português. Após o almoço fiz um circuito de bonde pela parte antiga de Lisboa. Depois do passeio de bonde, fui à praça que fica em frente ao Rio Tejo e lá percebi que havia uma degustação de vinho num prédio do governo. Em troca de informações a respeito da qualidade do vinho degustei dois vinhos de regiões diferentes. Poderia ter degustado quatro, mas isto achei demais. Optei pela região Beira Alta, que é a região superior do Tejo. Após a degustação, fui até o ponto de ônibus para retornar ao aeroporto. Retirei minha bagagem e fiquei esperando o check in por umas três horas. O avião saiu com alguns minutos de atraso, e chegamos em Guarulhos por volta das 7.10 da manhã. Guarulhos, como sempre, uma loucura, tem fila prá tudo. Até pro táxi tive que esperar 15 minutos. Em casa cheguei por volta das 10h40min. 













Finalizando, só posso dizer que esta viagem realmente valeu a pena. Este tour foi maravilhoso e intenso. Recomendo para quem gosta de trilhas de aventura.