terça-feira, 2 de junho de 2015

Último dia de viagem: Moscou e retorno a São Paulo

Mais uma vez, levantamos cedo, tomamos café e fomos rumo ao aeroporto de Ulan Bator. O aeroporto é pequeno, bastante movimentado. O check in foi mega rápido. O voo leva 6 horas. A saída é às 10:15, e a chegada às 10:55 em  Moscou. O cuso de seis horas  elimina praticamente todas as horas. É esquisito viajar, viajar, e ficar no mesmo horário.



O voo super tranquilo. Poucos passageiros. Começamos com um café da manhã, e três horas depois almoço. 



A questão de comida nesta viagem foi demais. Em todos os lugares que estivemos, muita gordura e fritura, doces doces demais, praticamente nada de fruta e alguma coisa de verdura. Na Mongólia os almoços e jantares estavam incluídos no pacote de viagem. Dá-lhe comida. Se comíamos pouco, o incômodo dos guias era visível. Na Mongólia, o guia e o motorista almoçavam e jantavam conosco, no deserto também tomavam cafē da manhã conosco. Era uma situação um pouco esquisita, porque o motorista não falava nada de inglês, entrava mudo e saía calado. Entabular uma conversa interessante com o guia nem sempre era fácil, porque ele falava espanhol, nós falávamos português, e nós o entendíamos bem melhor do que ele a nós. Mas, no final das contas, deu tudo certo. Adorei a cidade. Muito verde, muito limpa, prédios e monumentos imponentes. O dia estava muito agradável, com 27 graus. Achei interessante que aqui tem multa pra carro sujo, de 5 mil rublos. Por isso todos os carros são limpos...

Aproveitamos bem o dia, visitamos vários lugares interessantes. A única. Oisa realmente desagradável é o trânsito insuportável. Pra chegar no hotel no final da tarde levamos muito tempo, mais de uma hora, e o trajeto era curto. Perde-se muito tempo com este trânsito, o que é uma lástima, porque há muito para ver. 

Moscou é a capital , cidade e subdivisão federal mais populosa da Federação Russa. A cidade é um importante centro político, econômico, cultural, científico, religioso, financeiro, educacional e de transportes da Rússia e do continente. Moscou é a megacidade mais ao norte na Terra, a segunda cidade mais populosa da Europa, atrás de Istambul, e a sexta cidade mais populosa do mundo, ficando atrás somente de Xangai, Istambul, Pequim, Mumbai e Karachi. Sua população, de acordo com os resultados de estatísticas federais, já ultrapassou os 12 milhões. Com base na lista de 2012 da Forbes, Moscou tem a segunda maior comunidade de milionários do mundo.








Moscou está situada sobre o rio Moscova, no Distrito Federal Central da Rússia europeia. No curso de sua história, a cidade serviu como capital de diversos Estados, como da Moscóvia medieval, do subsequente Czarado da Rússia e da União Soviética. Durante a Guerra Fria, Moscou foi o centro do chamado Bloco do Leste. 


A capital também é a sede do Kremlin, uma antiga fortaleza que é hoje a residência e escritório de trabalho do presidente russo e sede do poder Executivo do governo da Rússia. O Kremlin é também um dos vários Patrimônios da Humanidade na cidade. 
Moscou impressiona e conquista fácil! Das histórias dos czares, das paixões dos escritores! As igrejas, os museus, restaurantes badalados! A época soviética, arquitetura, belas estações de metrô para curtir sem pressa... as marcas do Comunismo! Kremlin, a Praça Vermelha, que show! A beleza de Moscou, imponente, dinâmica, cosmopolita, os passos do Bolshoi... quanta coisa para curtir!
A cidade é servida por uma extensa rede de trânsito, que inclui quatro aeroportos internacionais, nove terminais ferroviários e um dos mais profundos túneis subterrâneos do mundo, o metrô de Moscou, perdendo apenas para Tóquio em termos de número de passageiros e reconhecido como um dos marcos da cidade devido à arquitetura rica e variada de suas 185 estações.

A Praça Vermelha é o cartão postal mais bonito de Moscow, a praça mais famosa, conhecida pelos desfiles militares soviéticos durante a era da União Soviética, e onde acontecem shows. A praça separa a cidadela real, conhecida como Kremlin, do bairro histórico de Kitay-gorod. Como grandes ruas de Moscou partem da praça em várias direções, prolongando-se em rodovias para fora da cidade, a Praça Vermelha pode ser considerada como a praça central de Moscou e de toda a Rússia.
O nome de Praça Vermelha não deriva da cor dos tijolos ao seu redor, nem da associação da cor vermelha ao comunismo; na verdade, o nome surgiu porque a palavra russa  pode significar tanto "vermelho" como "bonito". A palavra foi empregada originalmente (com o sentido de "bonito") à Catedral de São Basílio, e foi mais tarde transferida à praça. 









O rio Moskva tem um comprimento de 503 km, e a área da sua bacia hidrográfica é de 17 600 km². O desnível vertical é de 155 metros (média). A profundidade máxima nos limites da cidade de Moscou é de 3 metros, e de 6 metros depois dela  . Normalmente, o rio congela em novembro-dezembro e começa a degelar no final de março. No centro de Moscou, congela ocasionalmente.


No mosteiro Nododévitchy , do séc. XV , que a princesa Sofia, meia-irmã de Pedro, o Grande, passou os últimos 16 anos de sua vida. Czarina regente enquanto Pedro era menor, tentou assassiná-lo para permanecer no poder e teve como troco a vida de clausura.



















O Parque Vitória é um museu ao ar livre no Monte Paklonnaya. No meio da praça destaca-se um obelisco de 141,8m de altura, onde cada 10cm representam um dia de guerra. O parque é super amplo e muito limpo e nos fins de semana fica lotado de moradores.






À beira do rio Moscou, não muito longe do Kremlin, uma linda catedral com cinco cúpulas douradas chama a atenção dos turistas que visitam a capital russa. A catedral do Cristo Salvador é um marco na cidade, não só pela sua beleza, mas também pela sua história incomum.A igreja original que existia no local foi destruída pelos comunistas em dezembro de 1931. A intenção era construir no mesmo local um "Palácio dos Sovietes", com uma torre de 415 metros de altura coroada por uma estátua de Lênin. Mas o plano nunca saiu do papel.Ainda bem! Nos anos 80 surgiu o movimento para reconstrução da catedral e em 1994, o governo de Moscou, já depois do final do comunismo, decidiu apoiar a idéia. A obra começou no início de 1995 e foi completada só no ano 2000.No lugar mais vistoso de Moscou a poucos metros do Kremlin no ano de 1997 foi construída a Catedral de Cristo o Salvador. Esta Catedral se considera a principal da cidade de Moscou. No início do séc. XIX, por ordem do imperador Alexandre I em honra à vitória do exército russo sobre o Napoleão  decidiu-se construir a Catedral de Cristo o Salvador. Porém, as obras neste lugar começaram em 1839 sob o poder do imperador russo Nicolas I. No dia 26 de maio de 1883 a catedral foi aberta ao culto, e é o mesmo dia em que ocorreu a coroação do Imperador Alexandre II. 





Gostei muito das visitas que fizemos. No final, já estava bem cansada. Nosso dia hoje foi longo, de 30 horas. Isto se faz notar. Mas valeu a pena! 
Saímos para jantar cedo. Primeiro fomos a um restaurante recomendado pela nossa guia, do tipo BBB, bom, bonito e barato, mas tudo que queríamos comer não tinha. Pedimos uma coisinha, bebemos um litro de cerveja (cada um) que não era lá aquelas coisas, e saímos. Continuåvamos com fome. Entramos em outro restaurante, lá ti ha tudo que queríamos, tomamos mais meio litro de cerveja, esta estava um pouquinho melhor, e encerramos com uma dose de vodca. Voltamos ao hotel, arrumamos nossa bagagem e caímos na cama. O despertador tocou  13.30. Parecia que tínhamos dormido alguns minutos...

Para o próximo voo saímos do hotel antes das duas da manhã. Mais um dia de 30 horas. Mais um fuso de 7 horas. 

Vamos precisar de férias....

Este é o último post desta viagem, que foi intensa, de certa forma exótica, com muitas novas experiências e aprendizagens. Foi cansativa, em função dos vários fuso horários e deslocamentos, ora de trem, ora de avião. Mas cada minuto compensou, sem dúvida nenhuma! 






segunda-feira, 1 de junho de 2015

Culotes

No texto sobre o deserto, cometi um erro: o camelo ao qual me refiro tem dois culotes! 

Deserto de Gobi, uma experiência de dois dias para não esquecer

Levantamos  muito cedo para pegar o avião. Não tomamos nem café, e fomos rumo ao aeroporto. Pela primeira vez na Mongólia tivemos trânsito livre. Os procedimentos no aeroporto foram rápidos, e acredito que embarcaram no total umas trinta pessoas, na sua maioria americanos, alguns franceses e nós. O voo levou uma hora e vinte minutos, e foi tranquilo. 



Sobrevoamos praticamente o tempo todo regiões desérticas montanhosas. 






Quando desembarcamos a temperatura era de 14 graus, com muito, muito vento. 






Antes de ir a um acampamento para tomar café, vimos uma corrida de cavalos. Diz nosso guia Tuchin que termos visto uma corrida ao chegar dá sorte. Na verdade mal e mal vi os cavalos porque uma porção de carros 4x4 estava acompanhando a corrida, e estávamos muito distantes para ver alguma coisa. 


Fomos, então,  a um gercamp próximo do aeroporto para tomar café. Seguimos, então, para o Three Camel Lodge, que fica a 70 km do aeroporto e que é o nosso acampamento de gers (tendas mongóis), que faz parte dos 50 melhores acampamentos  ecológicos no mundo, e é o melhor da Mongólia. Durante o percurso o vento aumentou, e quando chegamos ao acampamento este havia se transformado em tempestade de areia. Impossível ver alguma coisa. 



















Dei graças a Deus quando estava dentro do ger principal, que é um restaurante, muito bem organizado e aconchegante. Os funcionários são todos uma simpatia. Tomamos um café e seguimos para o nosso ger. Uma graça! A onchegante, espaçoso, tem até banheiro próprio, que com esta ventania é uma benção. Muito confortável, tem até energia elétrica, e as amenidades são da Occitane! 
O vento uiva intensamente em torno do ger, e dá a impressão que a qualquer momento levantaremos voo. Ainda bem que estas construções são bem sólidas, suportam vento e frio, estamos bem protegidos. 












O Deserto de Gobi é um extenso deserto situado na região norte da República Popular da China e região sul da Mongólia. A palavra Gobi significa deserto, em mongol. Gobi tem as seguintes dimensões: 1600 km de leste a oeste e 800 km de sul a norte, ocupando uma de área de 1.295.000 em km², mais ou menos o tamanho do estado brasileiro do Pará. A média da temperatura anual é de −2,5 °C a +2,8 °C e os valores extremos chegaram a 38,0 °C e −43 °C em uma região, e 33,9 °C e −47 °C em outra. É o deserto arenoso mais setentrional de todos, e lar de alguns animais raros tais como o camelo-bactriano (de duas corcovas) e o raríssimo cavalo-de-przewalski. Suas areias foram pela primeira vez percorridas e descritas por um ocidental no ano de 1275, na famosa viagem de Marco Polo junto ao pai e um tio, a Pequim.





 O deserto de Gobi é conhecido no mundo da Paleontologia pela riqueza e qualidade das suas jazidas fósseis, onde foram descritas pela primeira vez muitas espécies de dinossauros.O famoso espécime Velociraptor é encontrado nessa região. É considerado um dos maiores sítios paleontológicos do mundo, com fósseis petrificados a céu aberto. Em 1993, foram retirados fósseis de 67 dinossauros (incluindo um embrião fossilizado), lagartos e mamíferos. Em 2006, uma equipe do paleontologista Jack Horner encontrou 67 esqueletos de psitacossauro, além dos 30 coletados no ano anterior. As tempestades de areia oriundas dos desertos são não apenas um fenômeno meteorológico, que afeta o clima tanto pela absorção quanto pela refração da radiação solar pelas partículas em suspensão - também afetam a vida, muitas vezes associadas às doenças que afetam desde seres marinhos quanto a animais terrestres e pessoas. As tempestades de Gobi são especialmente afetadas por agregar elementos poluentes das áreas industrializadas e populosas que atravessam. A tempestade vinda de Gobi em abril de 1988 percorreu milhares de quilômetros, carregando finos sedimentos de areia da área industrial chinesa, atravessando o Oceano Pacífico até atingir 25% da América do Norte (Canadá e EUA). O fenômeno foi registrado novamente em 2001, desta feita com o acompanhamento por satélites pela NASA. Esta tempestade, em abril de 2001, teve sua origem identificada na Sibéria, os ventos carregaram partículas dos desertos de Gobi, na Mongólia, e de Taklamakan, na China, formando uma nuvem com mais de 2000 km de extensão. Esta nuvem tomou a cidade de Baicheng, e depois cobriu o Japão e Coreia do Norte, chegando enfim à América, indo do Alasca até a Flórida, trazendo areia e contaminantes.

Após o almoço no primeiro dia e depois de uma bela siesta fomos ao Parque Nacional Gobi Gurvansaikhan , que é um parque nacional no sul da Mongólia . Este parque foi criado em 1993 e atingiu o seu tamanho atual em 2000. O parque, cerca de 27.000 km² é o maior da Mongólia. Deve o seu nome à montanha Gurvansaiján . O parque está situado no extremo norte do deserto de Gobi e suas maiores elevações são áreas de estepe . Há muitas espécies de plantas e animais nativos, como o leopardo da neve ou camelo Gobi . Há também áreas de dunas de areia, como o famoso de Khongoryn Els (as areias do canto), Para onde não fomos por ficar muito longe, cerca de 400 km. Fomos para  o vale de Yolyn Am , que tem uma grande área de gelo quase todo o ano. Inicialmente fomos ao museu natural, onde vimos os animais que existem aqui- empalhados. 




Depois seguimos pelo vale até onde o carro podia ir, e seguimos a pé por um vale que estreitava cada  vez mais. No total andamos 5 km. Vimos muitos animais pequenos e pássaros. Também havia Yaks pastando. 



Inacreditável! 
Chegamos numa geleira, em pleno deserto. 




Andamos um bocado sobre a geleira, e no final de tarde retornamos até o carro. Voltamos ao acampamento. O cair da noite foi lindo! O sol caindo pintou as estepes de amarelo, e devagar surgiu a lua, quase cheia, por detrás das montanhas. Quando fomos dormir, estava espiando pelo vidro do teto. Sem dúvida, um dia muito lindo e especial. 




1. de junho de 2015: fomos ao Flaming Cliffs, também conhecido como Bayanzag ou às vezes Bain-Dzak, que fica a uma hora de carro. É uma região do deserto de Gobi na Província Ömnögovi da Mongólia , em que importantes fósseis foram achados. A área é a mais famosa pois foi nela que se descobriram os primeiros ovos de dinossauro . Outras descobertas na área incluem espécimes de Velociraptor  e Eutherian . É ilegal remover fósseis sem licenças apropriadas. A cor dos rochedos é vermelha ou laranja. 





De lá fomos ao bosque do deserto. Bosque é modo de falar, pois na realidade são arbustos. Os camelos gostam muito de comer sua folhagem que parecem agulhas de ciprestes.



Seguimos então para conhecer uma família de nômades pastores de ovelhas. Chegamos na hora da tosa, a família inteira estava ocupada. Com o chefe da família, fomos até o ger. Como boas vindas, nos ofereceu um vidro com mentol para que aspirássemos sua essência. Depois tomamos chá de leite de camela e comemos pão feito no fogão estufa que fica no centro do ger. a família é moderna. 
Tem energia solar e prato de satélite, além de caminhão. 




Mantém uns 20 camelos. Montamos e passeamos um pouco. Os camelos são bachitrianos, ou seja, somente tem um culote, e somente existem na Mongólia, no norte da Russia e no Kazaquistão. São confortáveis para montar. O segundo culote protege a coluna e fica-se bem assentado entre os dois culotes. O gingado é tranquilo, são dóceis. Gostamos da experiência!