sábado, 23 de junho de 2012

Retorno...

8. Dia - 22 de junho de 2012
Istambul/ São Paulo
Traslado até o aeroporto e embarque no vôo TK 15 às 10:45 com destino a São Paulo.

Levantamos às 5:45. Esta foi a viagem na qual mais vezes levantamos super cedo e sempre fomos dormir tarde. Com certeza necessitaremos de férias no retorno, rsrsrs.

Desta vez fomos por um novo caminho ao aeroporto, muito aprazível, ladeando o Bósforo, com mto verde, praticamente um parque linear, muito florido. Aliás, há muitas áreas verdes e muitas flores em Istanbul.
O check in foi mto rápido, e praticamente não sentimos o tempo de espera até o embarque.
O vôo foi super tranquilo. O serviço da Turkish Air é muito bom, e o Staff atencioso .





Chegamos em São Paulo antes do tempo previsto, o taxi encomendado chegou logo depois, a Marginal estava surpreendentemente tranqüila, mas a 23 de Maio estava bem engarrafada, e demoramos mais de uma hora para chegar em casa, troncos de sono, pois a diferença de fuso se faz perceber.
Na hora de tirar as bagagens, o taxista deixou cair uma caixa com garrafas de vino e duas quebraram. Foi o único defeito de uma viagem muito bonita, muito intensa, histórica, onde tudo funcionou maravilhosamente bem. O saldo de todas as viagens é boa, mas esta foi particularmente especial, e sou muito agradecida de ter tido a oportunidade de realizar esta viagem.

Início do retorno...

7. Dia - 21 de junho de 2012 Capadócia/Kayseri/Istambul
Pela manhã, traslado ao aeroporto em Kayseri para embarque no vôo TK 2011 às 9:05 com destino a Istambul. Chegada às 10:35 em Istambul, recepção e traslado ao Hotel Ciragan Palace Kempinski para acomodação por uma noite em apto park view. Restante do dia livre para atividades independentes.

Mais uma vez, levantamos super cedo (5.30), para concluir a acomodação da bagagem nas malas e tomar café com calma. Quando chegamos ao terraço do hotel, tivemos um espetáculo a parte,com a subida dos balões do outro lado do vale.






Tomamos café observando os balões. Dois deles passaram bem próximos do hotel. A viagem a Kayseri levou uma hora, em ótima estrada sem movimento. Eu dormi o trajeto quase todo. Já está bem quente. Ontem fez 34 graus. É um calor seco.
Hoje ficamos em Istanbul.
Ainda não comentei nada sobre os sultões, que reinaram até 1924. A relação dos sultões com os familiares sempre foi pautada por violência, ou seja, havia muita matança. Os sultões, via de regra, não confiavam em seus parentes como tios, primos, irmãos. Mantinham uma policia especializada em seus palácios e mandavam matar de quem desconfiavam. Normalmente a morte era por asfixia, mas também podiam usar veneno. As concubinas normalmente eram mulheres cuja familia tinha sido morta durante guerras ou ataques a aldeias inimigas. As moças eram mantidas vivas e levadas padrão palácio. Se não houvesse relação intima com a moça até que ela completasse 18 anos, esta recebia uma gratificação e era dispensada do palácio, ou então eram enviadas para um palácio no qual já viviam outras concubinas rejeitadas, e lá permaneciam até a sua morte, enclausuradas numa gaiola de ouro. O sultão tinha até 150 concubinas e, consequentemente, muitos filhos. Só interessava o filho mais velho, que seria o sucessor. Mulheres que não geravam um filho também eram rejeitadas e enviadas para a 'gaiola dourada'.
A mãe do sultão sempre teve uma situação privilegiada. Era a única que não corria risco de ser morta, assim como o filho mais velho. Mas os sultões não suportavam sogras, e estas eram mortas sem dó nem piedade.
Os sultões normalmente eram grandes e gordos. O ultimo pesava 160 quilos. Dizem que comia um cordeiro por dia, e normalmente morriam de excesso de proteína.
A história dos sultões é aterradora. Ainda bem que isto acabou, mesmo que só a menos de 100 anos atrás... 
O vôo de Kayseri a Istanbul foi tranquilo. Dormi quase o tempo todo. Agora fizemos o check in online e, para nossa surpresa e decepção, constatamos que a agência de viagens não fez reserva de lugares para nós no retorno. Resultado: vamos sentar separados, porque não há mais lugares disponíveis na classe comfort. Está simplesmente tudo lotado.
À tarde, Ronald foi ao Museu Arqueológico, e eu resolvi ir a pé até o bairro boêmio Örkhahoy, que é um bairro onde há muitos restaurantes, cafés, bares e, além disto, várias tendas com quinquilharias e algumas lojas. Flanei por umas duas horas, antes de retornar ao hotel. Ronald visitou o museu, depois tentou retornar ao hotel de táxi, mas o trânsito estava impossível. Resolveu, então, ir até a beira do Bósforo e lá pegou um barco que faz um certo trajeto pela orla até bem próximo do hotel.








À noite fomos a um outro bairro boêmio, não lembro mais o nome, para jantar.
Depois, o foco foi fazer as malas e dormir, pois esta seria a última noite em Istanbul.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Realização de um sonho: voar de balão...

6. Dia - 20 de junho de 2012
Capadócia
Dia inteiro de visitas dedicado a explorar e descobrir a fascinante região única no mundo, junto à fantástica paisagem com belas formações de lava procedente da erupção do Monte Ercyias e da ação da erosão. Conhecer os pequenos povoados trogloditas de Pasabag  em Zelve; a fortaleza natural  de Uchisar; as chaminés de Urgup, como cones de pedra coroados por rochas planas; Avanos, povoado rico em artesanato e centros de tecelagem, onde almoçamos novamente. Visita ainda a uma cidade subterrânea, - estas cidades  foram construídas como refúgios pelos cristãos  da época e se compõem de vários pisos abaixo da terra ventilados por chaminés; foi possível admirar os dormitórios comuns, as cozinhas e salas onde as refeições eram feitas.


Levantamos às 4:45 para podermos voar de balão. Não foi fácil levantar, mas realmente cada minuto valeu a pena. Tomamos um café em pé e saímos para a sede da Royal, empresa com a qual faríamos o passeio de balão. Lá nos esperava um segundo café, muito bem servido, mas não comemos nada, somente tomamos um suco e café. Seguimos até o local do embarque. Pelo caminho, muitos balões preparando-se para o passeio. Foi muito emocionante levantar vôo. O balão vai subindo, subindo, silêncio total, somente entrecortado pelo barulho que o aquecedor do balão faz, e que é usado de vez em quando pelo condutor. Subimos, descemos, passamos por entre vales, sobrevoamos árvores e arbustos quase tocando neles, era um ir e vir constante.  O vôo foi perfeito. Tiramos muitas fotos. Pousamos num lugar diferente da partida, em cima de um altiplano e, por incrível que pareça, pousamos exatamente em cima da carreta do cesto. Inacreditável. Descemos do cesto e fomos recepcionados com prosseco, aí mesmo, no meio do mato. Cada passageiro recebeu uma medalha, e seguimos para o hotel de van, para o terceiro e desta vez completo café da manhã. Esta foi uma experiência que nunca mais esqueceremos. Foi maravilhoso, fantástico!













Kaymakly. Cidade subterrânea. É impressionante. É uma cidade que foi construída debaixo da terra como proteção. Tinha capacidade para 5000 pessoas. Visitamos 4 pisos. No primeiro ficavam os estábulos. No segundo piso igreja e algumas casas privadas. Também havia lugar para estocar alimentos. No terceiro estocava-se vinho . A cozinha ficava no quarto piso e finalmente os dormitórios. Havia dutos de ar , chaminés de ventilação, que ao mesmo tempo eram  poços, porque chegam até a água subterrânea.
Na Capadócia havia 200 cidades subterrâneas aproximadamente, mas somente 8 podem ser visitadas, todas as outras estão soterradas.


 



Mustafapasa.
Esta cidade fica a 6 km de Urgup, e era habitada por gregos ortodoxos até o início do século 20. As casas datam do final do século 19 e início do século 20. Há uma medrese construída durante o período otomano e belos exemplos de alvenaria de pedra.








Vale Zelve
O Vale Zelve, conhecido como Open Air Museum, está entre os vales que por último foram abandonados. Não há tantas igrejas assim. A topografia é dramática, com penhascos, pináculos e vales íngremes.

Ortahisar
Não fomos a este vilarejo conforme previsto porque o castelo, na realidade um rochedo de 90m está fechado.

Visita a uma família que mora na caverna.
Visitamos uma família de quatro pessoas que mora numa caverna de vários andares. O governo desapropriou todos os moradores de cavernas e construiu casas nos vilarejos. Esta família decidiu retornar à caverna e paga 8 mil euros por ano ao governo para ter o direito de morar lá. Como são agricultores e não tem como levantar este dinheiro, resolveram abrir a residência para visitação. Não se paga nada para entrar, mas há uma lojinha, e vendem bebidas, desde um chá por um euro até um Raki(bebida típica feita de aniz) por quatro euros.
Mais ou menos 60 pessoas visitam a caverna por dia.






Ainda fomos visitar o Vale das Pombas. É onde se criavam cinco milhões de pombas há alguns séculos atrás. Ainda há alguns pombos que ficam voando prá cá e prá lá - a recomendação é que não sejam alimentados.



Retornamos às 16 horas, com tempo suficiente para uma piscina, jaccuzzi ou o que desse na telha. Desta forma, terminou nossa estadia em Capadokya, que valeu muito a pena ter visitada.

É interessante observar e chamou-nos muita atenção que os turcos, mesmo morando na parte asiática do seu país se considera europeu e faz questão que assim seja. São muçulmanos, mas não cultivam todas as tradições normalmente vinculados com o islamismo. Adorariam entrar na Comunidade Européia para de uma vez por todas assumir sua identidade européia, mas isto parece ser um destino cada vez mais distante.

Jantamos novamente no hotel, e bebemos um vinho turco muito bom.