segunda-feira, 18 de junho de 2012

Um dia de muita história...


4. Dia - 18 de junho de 2012
Dia inteiro de visita com almoço  à cosmopolita Istambul: pela manhã, saída do hotel para visita ao Hipodromo da época bizantina. Em seguida visita à majestosa e elegante Mesquita Azul, conhecida por sua decoração interior. A seguir, visita  à Cisterna de Yerebatan. Visita ao Palácio Topkapi, a residência dos sultões do império otomano, famoso por sua coleção de jóias e porcelanas. Almoço no próprio palácio. A última  parada será no Grande Bazar.

A história de Istambul/ Turquia
De acordo com o historiador grego Strabo, a cidade foi inicialmente habitada por um grupo de gregos da cidade de Megara, liderado por um homem chamado Bizas. Por isso, a cidade foi chamada de Bizancio.
A nova cidade cresceu rapidamente e tornou-se  um importante Porto comercial.
Os persas tomaram conhecimento  da sua localização central  e tentaram conquistá-la  até o segundo século de sua criação.  As principais cidades gregas, Atenas e Esparta, também tiveram interesse em Bizancio, uma vez que controlava o tráfego comercial no Mar Negro.
O povo Bizancio não desistiu, mesmo quando Alexandre, o Grande, atacou e eles mantiveram-se livres  até 196 D.C., quando o imperador Severos conquistou-a. O imperador Constantino fez  da cidade a nova capital oriental  e lhe deu o nome de Constantinopla.  A nova capital atraiu muita gente e a cidade se expandiu.
Durante o período de Justino houve uma série de problemas e inúmeros ataques persas e árabes. Em 1204 Constantinopla  foi bombardeada e saqueada de tal forma que os moradores gregos começaram a sair da cidade e a população foi reduzida. A cidade manteve-se em declínio por longo tempo.
Em 1483 o sultão Mahmet conseguiu conquistar a cidade e a cidade tornou-se a capital do império otomano e recebeu o nome de Istambul.
A eficiência das forças armadas  otomanas era a sua organização. Cada família cristã tinha que oferecer um menino  ao serviço do sultão. Estes eram convertidos ao islamismo e treinados como funcionários públicos . Eles tinham que obedecer regras rígidas de disciplina.
Houve períodos pacíficos intercalados com períodos de muita conturbação. Após a Guerra dos Balcãs (1912-1913) Istambul perdeu a maior parte de seu território.Esteve sob domínio britânico , francês e italiano até 1923.


Levantamos às 6 da manhã porque queríamos aproveitar para tomar um laudo café, com tempo suficiente disponível, porque realmente o café da manhã é deslumbrante! Às 8 horas da manhã nos buscaram e fomos primeiro buscar outros passageiros em diferentes hotéis, e depois seguimos para o Hipódromo, ou melhor, ao que sobrou dele.

Hipódromo


O hipódromo foi construído em 203 DC . Costumava ser o centro de entretenimento  e podia receber  100 mil espectadores. Neste aconteciam celebrações, desfiles, encontros políticos, assim como corridas e quadrigas. Os carros foram desenhados para 4 ou 2 cavalos e representavam quatro frações apoiadas por grupos de pessoas. Cada fração tinha sua própria cor e, com o passar dos anos, restaram apenas dois deles, os Azuis, que representavam as classes sociais alta e media, ortodoxos e conservadores na medida em que a religião e a o olímpica estavam em causa, e os Verdes, classe social mais baixa e os radicais em termos de religião e política.
As corridas tinham lugar em torno do eixo central do Hipódromo e era o imperador que ordenava sua partida. No final, o imperador recebia o vencedor com ouro e grinalda.
A revolta de Nika teve lugar no hipódromo, em 531 DC, durante uma corrida dos Verdes e Azuis, e causou a morte de 30000 pessoas.
Os cruzados destruíram o hipódromo em 1204 e, após a construção da Mesquita Azul, o hipódromo perdeu a sua popularidade.
O que sobreviveu do Hipódromo hoje em dia são :
O Obelisco Egípcio .
Este foi trazido de Luxor. É um dos monumentos mais antigos de Istambul.


A coluna serpentina.
É uma coluna de bronze, composta por três serpentes . A coluna foi feita pelos gregos após terem derrotado os Persas.
O obelisco murado
Não se sabe quando foi construído. É composto por pedaços de pedra.

Mesquita Azul






A Mesquita Azul é a maior Mesquita de Istambul e um símbolo religioso para os muçulmanos que visitam a cidade. É considerada uma das obras primas do mundo islâmico e uma das maiores criações arquitetônicas de Istambul. Foi construída pelo sultão Ahmed I, na margem do rio Marmara, em uma colina em frente à igreja Hagia Sophia. O complexo é composto também por túmulos, edifícios para o ensino do islamismo (medreses), hospital, mercado aberto, mercado coberto (bazar), banhos, fontes, cozinhas publicas, armazéns, salas e, claro, o túmulo do sultão Ahmed I.
A Mesquita Azul foi construída em um grande pátio com cinco portais. O portão principal esta localizado em frente ao hipódromo. O seu pátio exterior rodeia o edifício da Mesquita e o pátio interno do complexo. Possui três entradas que levam ao pátio interior. Há duas outras entradas que levam diretamente para o edifício principal.
Ao entrar no átrio interior, que é rodeado por um pórtico  com 26 colunas e 30 cúpulas, pode ser vista uma fonte de lavagem de pequeno porte. Há 3 entradas para a Mesquita. Seis minaretes cercam a Mesquita e o pátio,. A cúpula principal  é de 43 metros e o seu diâmetro é de  23 metros de comprimento. O chão é coberto por tapetes doados por peregrinos.

Cisterna de Yerebatan

Ficamos completamente envolvidos pelo clima. A Cisterna da Basílica nos arrebatou.




É impossível não se surpreender. A visão belíssima da cisterna, que não é apenas única, mas a maior das 60 construídas em Istambul durante o período bizantino.

Já que era comum durante as guerras os soldados inimigos envenenarem as fontes de água potável, foram construídas grandes sistemas dentro da cidade. Como não havia nascentes de água suficientes dentro das muralhas bizantinas que protegiam e cercavam a cidade de Istambul, a água era trazida de nascentes de uma floresta a 25 km ao norte da cidade.

A CisternaYerebatan foi construída em 532 e armazenava água trazida pelo Aqueduto de Valens. Foi utilizada até o século XIX.

Com gigantescos 70 metros de largura por 140 de comprimento, na sua construção foram utilizadas 336 colunas de diferentes estruturas romanas colocadas a cada 4 metros, em 12 linhas de 28 colunas cada. São 10 mil metros quadrados de superfície com um pé direito de 8 metros. A capacidade total de armazenamento de água é de 80 mil metros cúbicos.

Em 1987 houve um trabalho de restauração e a cisterna foi aberta  à visitação pública. Foram criados efeitos de iluminação e sonoros que criam um clima místico, uma atmosfera bastante especial. A visita é feita através de passarelas suspensas e apenas dois terços da cisterna pode ser conhecido, pois a parte restante foi fechada no século 19.

Duas cabeças de medusa foram usadas como base das colunas. Medusa foi um mito. A mulher que segundo a lenda teve seus cabelos transformados em cobras e qualquer um que olhasse para ela viraria pedra. Uma das imagens está de cabeça para baixo e a outra, de lado.




Os capitéis das colunas são jônicos e coríntios (dos estilos das ordens clássicas da arquitetura: dórica, jônica, coríntia e compósita) e as paredes de toda a cisterna são em tijolos cerâmicos e recobertos com uma camada especial à prova d'água.

Palácio Topkapi

É um enorme complexo de difíceis de 700 mil metros quadrados, composto por grandes pátios, por uma seção para o harém do sultão e pelo palácio. Como uma cidade dentro da cidade de Istambul, foi fortificado com um. Muro de 2 km de comprimento do lado do mar, e os turcos construíram 1,4 km  de muro do lado do continente que faz fronteira entre o complexo e a cidade. Ele esta localizado no Cabo do Serralho, numa posição estratégica de fácil acesso tanto para a parte européia quanto a parte asiática.
Foi construído em 1467.





Finalmente, fomos até o Grand Bazar. Não é à toa que este bazar é mundialmente conhecido. É simplesmente uma loucura. São quatro mil tendas do lado interno, fora as incontáveis tendas do lado externo. É gente a sair pelo ladrão. Não é prazeroso fazer compras neste local, pois cada coisa que você olha, os vendedores te perseguem e se você se interessar, começam colocando o preço lá em cima, e vão abaixando na medida da tua vontade de adquirir o produto. Tentamos uma vez, mas desistimos no percurso, porque é um processo exaustivo e já estávamos cansados de tanto andar, com um overbooking de impressões.





Saindo do bazar, pegamos o bonde até o ponto final. De lá, ainda entramos no parque do último palácio dos sultões, o palácio Domabatche, e depois seguimos a pé até o hotel, na esperança de termos perdido pelo menos uma parte das calorias adquiridas com os tantos doces turcos, que são uma delícia...
Foi um alívio chegar no hotel. Ronald foi tomar uma sauna, e eu resolvi atualizar o blog, que é sempre um processo bastante demorado, e não quero deixar acumular, pois perdem-se informações no percurso.

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