sábado, 30 de novembro de 2013

Três mosqueteiras desbravando 'o velho continente'...


 
Três mosqueteiras 'desbravando' o velho continente...
Parte 01:
 
Não é nenhuma novidade que o trânsito em SP é um inferno e, por isso, demoramos muito pra chegar ao aeroporto mas, em contrapartida, o check in foi rápido e ainda deu tempo suficiente para algumas comprinhas no duty freeshop. O avião atrasou  40 minutos, nada dramático, e recuperou 20 minutos durante o voo. Fora um bando do Leste Europeu que insistiu em falar alto, dar sonoras gargalhadas e atrapalhar o sono dos passageiros, assim como algumas turbulências, o voo transcorreu tranquilo e o bando silenciou, já altas horas da madrugada, deu até pra dormir.
Em München, os trâmites de saída foram rápidos,e fomos à Hertz para alugar um carro. Pegamos um Volvo SUV, cheio de recursos tecnológicos e muito confortável, fizemos seguro total - nunca se sabe-  e nos deram de 'brinde' um carro automático.
Quando chegamos no carro descobrimos que ele não tem chave. Bom, a primeira tarefa foi descobrir o seu funcionamento. Como abrir o capô do carro, como acionar o carro, como instalar o GPS, etc,etc,etc. Mas as três mosqueteiras conseguiram se desvencilhar dos empecilhos de forma estonteante. Viva nós! Rapidamente estávamos na estrada, em direção a Nürnberg. Optamos pela auto-estrada, para irmos mais rápido, e chegamos em Nürnberg antes do almoço. Encontrar o hotel não foi um problema, chegamos de primeira - viva o GPS, e chegamos a um simpático e simples hotel de fundo de quintal. Não havia ninguém. Chamamos, chamamos, chamamos, passamos por todos os quartos do térreo cujas portas estavam abertas, encontramos uma funcionária que não sabia falar nem alemão nem português, e Vivia teve a brilhante ideia de perguntar a um rapaz que trabalhava na oficina da frente. Este resolveu telefonar para o hotel, mas neste meio tempo já havíamos resolvido o problema pois havíamos achado a campainha do hotel e-viva- a dona apareceu, e não entendeu nadica de nada quando tocou o telefone e o simpático moço anunciou nossa chegada. Nos instalamos e, por recomendação da dona, fomos almoçar num restaurante chamado Ciao. Boa dica. Comida boa e em conta. Pra cada uma custou em torno de oito euros. O garçom ainda nos 
deu uma assessoria extra de como se conduzir em Nürnberg, na abertura do Christkindlmarkt: não 
levar nada, só um pouco de dinheiro no bolso e câmera fotográfica no pescoço, pois nos defrontaríamos com uma imensidão de gente, e sempre havia gente principalmente do Leste Europeu que batia carteira. De novo Leste Europeu?
Comentou também que deveríamos ir muito cedo, pois haveria uma imensidão de gente e não encontraríamos lugar se não fossemos cedo. Resolvemos então retornar ao hotel , nos desvencilhar de nossos apetrechos. Resolvemos levar guarda chuva o que foi muito bom, pois à noite choveu.
Olhamos o trajeto no mapa, não parecia muito longe, e iniciamos a caminhada. Perguntamos a um transeunte, depois a outro, e mais outro, e todos ficaram espantados que queríamos fazer o trajeto a pé. Muuuuito longe. Não parecia tanto pelo mapa, e seguimos, firmes e fortes, decididas a fazer o trajeto a pé. De fato, andamos muuuuuito, mas finalmente chegamos no muro medieval e, em seguida, na cidade histórica. Na primeira barraca paramos pra tomar um vinho quente - que delicia!, compramos as canecas como lembranças e, sentindo-mos mais aquecidas, seguimos rumo ao 
Hauptmarkt. Já percebíamos um fluxo maior de gente, mas nada nos preparou para o impacto  da 
multidão que encontraríamos no Hauptmarkt. Como chegamos uma hora e meia antes, ainda 
conseguimos um bom lugar próximo a um stand de vendas de quinquilharia de enfeites. Como eu sou muito grande, vivia encostando a cabeça em mobiles sonoros que ficavam tocando seus sinos e irritando a filha da dona que veio falar comigo algumas vezes pra eu tomar cuidado. Quem estava à minha volta acabou intercedendo dizendo que os mobiles eram resistentes, que não estragariam com meu esbarrar constante, e o tilintar  afinal de contas até podia chamar clientes,o que honestamente era impossível, havia tanta gente que não dava nem pra se mexer.




Aguardamos pacientemente. Os organizadores treinaram conosco, público, a música final a ser cantada ( isto só pode ser coisa de alemão!!! Treinar com a multidão a música a ser cantada!). Escureceu totalmente às 17 horas, e às 17:30 começou o espetáculo. Bonito, comovente, e no final entoamos todos o já ensaiado e afinado Oh! Du Fröhliche!

Terminado o espetáculo , queríamos sair dali, assim como todas as outras milhares de pessoas. Que sufoco. Éramos empurradas, levei um tanto de cotoveladas. Foi uma loucura total. Avançávamos 

milimetricamente, e tínhamos que ter o cuidado para não nos perder. Depois de muitos empurras pra cá, empurras pra lá conseguimos sair do tumulto e iniciar o caminho de  casa. Mais um Glühwein para esquentar, um sanduíche de linguiça para aplacar a fome, e lá fomos nós. Ainda estávamos com fome, mas a esta altura do campeonato não havia mais comida... Seguimos até o metro, fomos até Alsessplatz e de lá seguimos, sob chuva, até o hotel. Como era longe... Chegamos no hotel exaustas. Banho quente só para as duas primeiras, pois a terceira que tomou banho teve que se contentar com um banho morno, quase frio.
O quarto estava gelado, demorou para aquecermos, mas adormecemos todas rapidamente e dormimos o sono dos justos. Afinal, precisávamos recarregar as energias para o próximo dia!




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