terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Eram os deuses astronautas????????????? - 02

27.12.2011
Mais uma vez, foi necessário levantar de madrugada. Não havia nem café da manhã ainda, somente uma estação de café para um frugal cafezinho ou chá com croissant. Já era alguma coisa... O guia buscou-me pontualmente, e fomos à rodoviária. Surpreendi-me com a decoração e com a limpeza da rodoviária, fiquei realmente bem impressionada.




Despachei minha mochila, que está pesadíssima, uma vez que a mala ficou no hotel em Lima, e meia hora depois entrei no ônibus. É um ônibus de dois andares, até que confortável. Havia pela frente 5 horas de viagem. Saímos pontualmente às 7 horas e levou um tempo para atravessar a cidade. Agora vi a periferia, igual a todas as periferias do mundo, pelo menos do 3. Mundo.  Casas e casebres, muita gente na rua, sujeira, rostos que expressam cansaço, tristeza, refletem a dureza da vida. As casas não são de pau a pique nem de adobe, mas via de regra não tem pintura. São casas de tijolo, mas também há casebres de madeira. Há muitas avenidas amplas e largas. Muito trânsito, como em toda grande cidade. Lima estava encoberta por uma névoa densa, que me parece ser uma característica da região, pois somente depois das 9 horas é que a névoa dissipou.



No ônibus havia muitos turistas, todos jovens, e também pessoas locais. Durante a viagem, foram mostrados dois filmes em alto som, o que é um pouco cansativo para quem quer somente apreciar, em silêncio, a paisagem. Paramos algumas vezes, mas todas as paradas foram rápidas. A paisagem alterna entre dunas, que não são como as dunas que conhecemos no Brasil. São mais escuras, mais densas, o centro delas deve ser de arenito e pedrisco. Às vezes, havia plantações de milho, bananas, uvas, e alguns campos de frutas, me pareceram de laranja e macieiras.  Durante todo o percurso, a paisagem é bastante similar. De um lado o Oceano Pacífico, do outro  lado escarpas, dunas ou plantações.

Chegamos no hotel às 12 horas.



Fizemos check-in, mas eu somente vou receber uma habitación às 15 horas, apesar de alguns casais já terem recebido o seu apto. assim que chegaram. O que eu percebo toda vez que viajo sozinha é que as pessoas singles são deixados para trás, recebem os piores quartos, tem que esperar mais. Isto já me aconteceu em recente viagem à Itália, e agora de novo. Parece ser um padrão, que considero injusto e desonesto.
Estou no Hotel, realmente um lindo resort ladeado por dunas por um dos lados.


Não há o que fazer na   cidade. É pobre, suja, sem atrativos. O único atrativo que tem aqui são as linhas de Nazca, que sobrevoarei amanhã. Estou sentada no saguão esperando a minha vez de receber a chave do meu quarto. A área externa é muito bonita e bem cuidada, mas como estou ainda de calça comprida, meias e tênis não há nem como usufruir do espaço. O jeito é esperar chegar a minha vez sem ficar aborrecida e chateada.  
Um mapa meio fajuto, mas mostra as linhas de Nazca que sobrevoarei amanhã.
Algumas informações sobre as Linhas de Nazca.
As linhas de Nazca são geóglifos e linhas direitas no deserto peruviano. Foram feitas pelo povo Nazca, que floresceu entre 200 a.C. e 600 d.C. ao longo de rios que desciam dos Andes. O deserto estende-se por mais de 1.400 milhas ao longo do Oceano Pacifico. A área de Nazca onde se encontram os desenhos é conhecida pelo nome de Pampa Colorada. Tem 15 milhas de largura e corre ao longo de 37 milhas paralela aos Andes e ao mar. As pedras vermelho escuras e o solo foram limpas, expondo o subsolo mais claro, criando as "linhas". Não existe areia neste deserto. Do ar, as "linhas" incluem não só linhas e formas geométricas, mas também representações de animais e plantas estilizadas. Algumas, incluindo imagens de humanos, estendem-se pelas colinas nos limites do deserto.
As linhas de Nazca são imensas. A sua criação demorou centenas de anos e exigiu um grande número de pessoas trabalhando no projeto. O seu tamanho e propósito levou alguns a especularem que tinham sido visitantes doutro planeta a criarem e/ou dirigirem o projecto. Erich von Däniken pensa que as linhas de Nazca formam um aeroporto (ou astroporto) para naves extra terrestres [Chariots of the Gods? (1968), Arrival of the Gods: Revealing the Alien Landing Sites at Nazca (1998)], uma ideia proposta inicialmente por James W. Moseley em Outubro de 1955 na revista Fate e tornada popular nos anos sessenta por Louis Pauwels e Jacques Bergier em O Despertar dos Mágicos. Se Nazca era um campo de aviação alienígena, era muito confuso, consistindo de gigantescas figuras de lagartos, aranhas, macacos, lamas, pássaros, etc, para não mencionar linhas em ziguezague e desenhos geométricos. Também é muito amável da parte desses ETs representarem plantas e animais de interesse para os locais, mesmo tornando a navegação mais dificil do que se usassem uma pista reta. Também devia ter muito movimento para precisar de 37 milhas de comprimento. Contudo, não é muito provável que naves aterrisassem na área sem alterar os desenhos do solo. Ora, tais alterações não existem.
A teoria extra terrestre é proposta principalmente por aqueles que consideram difícil de acreditar que uma raça de "indios primitivos" poderia ter a inteligência de conceber tal projeto, muito menos a tecnologia para transformar o conceito em realidade. As evidências apontam em sentido contrário. Os Aztecas, os Toltecs, os Incas, os Maias, etc., são prova bastante que os Nazca não necessitaram de ajuda extra terrestre para criar a sua galeria de arte no deserto.

De qualquer forma, não é necessário possuir uma tecnologia muito sofisticada para criar grandes figuras, formas geométricas e linhas retas, como foi mostrado pelos criadores dos chamados círculos nas searas. Os Nazca provavelmente usaram grelhas para os seus geoglifos gigantes, tal como os seus tecelões para os seus tecidos de padrões complexos. A parte mais difícil do projeto estaria em mover todas as pedras e a terra para revelar o subsolo mais claro. Não há realmente nada misterioso sobre como os Nazca criaram as suas linhas e figuras.
Alguns pensam que é misterioso o fato das figuras terem permanecido intactas durante centenas de anos. Contudo, a geologia da área resolve este mistério.
Pedras (e não areia) constitui a superfície do deserto. Devido a umidade, a sua cor escura aumenta a absorção do calor. A camada de ar quente resultante junto à superfície funciona como uma capa contra o vento; enquanto isso, os minerais do solo ajudam a solidificar as pedras. Neste "pavimento" assim criado neste ambiente seco e sem chuvas, a erosão é praticamente nula - permitindo assim a notável preservação dos desenhos.
O mistério é o porquê. Porque iniciaram os Nazca tal projeto envolvendo tantas pessoas durante tantos anos?
G. von Breunig pensa que as linhas eram usadas para corridas a pé. Ele examinou as linhas curvas e concluiu que tinham sido parcialmente formadas por corridas contínuas.
O antropólogo Paul Kosok defendeu durante pouco tempo que as linhas eram de um sistema de irrigação, mas rejeitou a idéia pouco depois. Especulou então que as linhas formavam um gigantesco calendário. Maria Reiche, uma emigrante alemã e aluna do arqueólogo Julio Tello da Universidade de San Marcos, desenvolveu a teoria de Kosok e passou a maior parte da sua vida a reunir dados que provassem que as linhas representam os conhecimentos astronômicos dos Nazca. Reiche identificou muitos alinhamentos astronômicos, que, caso os Nazca os conhecessem, seriam muito úteis para as suas sementeiras e colheitas. Contudo, existem tantas linhas em tantas direções diferentes que não encontrar alinhamentos astronômicos seria quase miraculoso.
De qualquer modo, as linhas são parte de um projeto. Existem todas as imagens que se tornaram interessantes para antropólogos depois de serem vistas do ar nos anos 30. É pouco provável que um projeto desta magnitude não fosse de caráter religioso. Envolver toda uma comunidade durante séculos indica o supremo significado do local. Como as pirâmides, as estátuas de gigantes e outra arte monumental, a arte Nazca fala de permanência. Ela diz: estamos aqui e não nos movemos. Não são nômades ou caçadores. Esta é uma sociedade agrícola. Claro que uma sociedade pré-cientifica, que se vira para a magia e a superstição (i.e., religião) para os ajudar nas colheitas. Os Nazca tinham os conhecimentos de irrigação, semear, colher, etc. Mas o tempo é traiçoeiro. As coisas podem correr  bem por meses ou mesmo anos, e numa única geração comunidades inteiras são forçadas a moverem-se, devido a inundações, vulcões, incêndios, ou o que a Mãe Natureza mande.
Era um local para adoração? Era a Meca dos Nazca? Um lugar de peregrinação? Eram as imagens parte de rituais destinados a aplacar os deuses ou pedir a sua ajuda na fertilidade das pessoas e das colheitas, ou com o tempo, ou com a provisão de água? Que as figuras não fossem vistas do solo não seria importante do ponto de vista religioso ou mágico. De qualquer modo, figuras similares aos gigantes de Nazca decoram a olaria encontrada em locais fúnebres próximos e é visível através de seus cemitérios que os Nazca se preocupavam com a morte. Restos mumificados enchem o deserto, abandonados por caçadores de túmulos. Seria este um local de rituais para garantir a imortalidade dos mortos? Não sabemos, mas se este mistério algum dia fôr resolvido, sê-lo-á por cientistas sérios, não por pseudocientistas especuladores moldando os dados para encaixarem nas suas histórias de extra terrestres.’
Informação retirada da internet. Sem identificação de autor.



Nenhum comentário:

Postar um comentário