quarta-feira, 17 de agosto de 2016

E lá vamos nós....

Saímos de São Paulo no domingo, e chegamos em Reykjavick na terça-feira ao meio dia. A primeira etapa fizemos para Frankfurt, onde ficamos uma noite. Foi bom, deu pra passear, comer Pfifferlinge frescos (cogumelos) com Spätzle, tomar um Mass de cerveja (um litro) e descansar um pouco. 


Na manhã seguinte, embarcamos para Reykjavick. Uma viagem de três horas, com um fuso de -2. Chegar em Reykjavick foi emocionante, sobrevoar os prados, sem moradias no entorno! Somente um farol vermelho perdido na beira do mar. Um pedaço de ilha com muitas reentrâncias, pedras pretas, não há areia. As ondas batendo ntra as pedras são um belo contraste. 

O aeroporto é pequeno. Surpreendentemente não há controle de passaporte, saímos direto,  resolvemos verificar se não conseguiríamos alugar um carro, afinal aqui não escurece e assim podemos aproveitar melhor o resto do dia e a manhã de amanhã, uma vez que somente embarcaremos no Silver Wind às 14 horas.

Conseguimos um carro -ufa! - o que não foi fácil. Carésimo, mas achamos que a decisão foi correta, pois garante uma mobilidade que não teríamos de outra forma. Desafio é encontrar o endereço do Guesthouse Bogartún. Localizei no mapa, o que ainda não significa nada- é preciso chegar lá. 




Difícil! Simplesmente não achávamos o 34. Paramos em outro hotel para perguntar. quem tem boca vai a Roma. Aqui algumas transversais também tem o nome da principal, e aí se encontram construções com o mesmo número, mas com o complemento a, b,c,d. Bom, o nome do Guesthouse é Bogartun, mas em frente ao prédio tá escrito  Gudmundur Jonasson HF. Vai saber! Não íamos achar nunquinha! 

Decidimos fazer um passeio de mais de três horas, para conhecer o interior no entorno de Reykjavick e os geiseres. Apesar do céu nublado, por vezes entrecortado por rápidas chuvas, valeu super a pena. Gostei demais! 




A Islândia já é um país pacato por excelência. Pastoril, vulcânico e cercado por águas geladas, só poderia ter uma capital como Reykjavik. Com pouco mais de 100 mil habitantes, é a capital mais setentrional do mundo. Sem arranha-céus ou grandes monumentos, destaca-se pelos telhados coloridos de suas casas. Dentro das simpáticas casinhas e edifícios ferve uma cidade animada, com bares lotados de gente bonita e restaurantes com muito caráter. 

Parques e lagos salpicam a mancha urbana de Reykjavik, com algumas boas atrações, como a igreja Hallgrímskirkja e o complexo turístico de Perlan, de onde se tem grandes vistas do entorno. O conjunto Laugardalslaug oferece grandes piscinas, saunas, restaurante, lanchonetes e spa de tratamentos de beleza.

Boa parte da fama da cidade também deve-se ao seu agitado cenário noturno. Bares e danceterias garantem baladas repletas de muita gente bonita, com muitos estrangeiros juntando-se aos locais para o runtur, quase que um ritual de fim de semana, quando todos se entregam ao divertimento. Como bebidas alcoólicas são bem caras (absurdamente caras, aliás), boa parte dos festeiros se abastecem nos vín búð (vín buth), lojas controladas pelo governo que vendem álcool.

Reykjavík é a capital mais ao norte do mundo (se não levarmos em consideração Nuuk, capital da Groenlândia, que não é um país independente). A cidade possui uma mistura cativante de tudo o que é mais provinciano e característico de uma cidade pequena com uma metrópole internacional, tudo concentrado em um pequeno lugar. É o portal de entrada para a Islândia; seu centro político, econômico e cultural; e também o lugar onde a maioria dos islandeses reside. Sendo assim, Reykjavík é o ponto inicial de onde todo visitante deve começar a visitar a Islândia.

Ninguém imaginaria, há trinta anos atrás, por exemplo, que Reykjavík se tornaria o que é hoje, uma cidade que dita tendência, vibrante, especialmente no que diz respeito à música e vida noturna. Apesar dessa reputação de vida noturna, Reykjavík de dia é uma das mais calmas capitais da Europa. Pensar que a cidade é cosmopolita pode parecer estranho quando o turista vê suas pequenas casas e prédios quadradinhos sem muita demonstração de modernidade aparente. É o local de esquecer os problemas que o mundo possui: a vida urbana na Islândia é livre de crime, sem-tetos, mendigos, e poluição. Um sonho para nós, que viemos do Brasil. Reykjavík é comprometida com o desenvolvimento sustentável, com uma política intensa de plantio de árvores, além de aquecimento doméstico e sistemas elétricos que funcionam a partir das fontes quentes geotermais do subterrâneo – daí que vem o cheiro de ovo podre nos banheiros, um produto natural – e alguns ônibus que usam como combustível o hidrogênio.

O terreno é vulcânico, não cresce simplesmente nada. Quando há terra, e a camada é muito rasa, ela é escura, confunde-se com as rochas trituradas. 

No início da noite retornamos a Reykjavick. Atravessamos a cidade e fomos para a rua mais badalada da cidade. Seguimos para o porto, esta ionamos e comemos um fish and chips feito de bacalhau. Na minha vida nunca comi um fish and ships tão delicioso. Bom demais! Regado a uma cerveja strong muito boa. Retornamos ao Guesthouse por volta das 22 horas, e ainda está claro.









Este dia em Reykjavick nos mostrou que aqui vale a pena ficar vários dias. Tem muita coisa para ver, para sentir, para vivenciar. Reykjavick para nós só é o ponto de partida, pois faremos um cruzeiro, mas valeria a pena ter planejado mais alguns dias para explorar esta belíssima ilha. 


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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