8 de maio – Madrid
Acordamos super tarde, tomamos
café e rumamos, de metrô, em direção ao centro (estação Callao). O tempo estava
fechado, muitas nuvens, o prognóstico não era dos melhores. Mesmo assim,
resolvemos encarar o tempo fechado e frio, e pegamos o ônibus turístico, para
descer no Palácio Real. Andamos muito pelas imediações, apreciamos a
arquitetura local, e depois seguimos a pé para o Portal do Sol. Já havia lá um
bocado de gente, praticamente tudo turista, mas também havia uma meia dúzia de
aposentados protestando, e um outro tanto andando pela região. As lojas estavam
abertas, o lugar estava fervilhando. Com a imensa crise da Espanha, percebe-se
muitos rostos preocupados, com rugas profundas e sulcos do nariz à boca. Dificilmente
vê-se um espanhol sorrindo, e quando se fala com eles normalmente são ríspidos,
quando não mal educados. A crise também é perceptível na falta de cuidado com
muitas das fachadas, venezianas quebradas, calçadas sujas, poucas flores nos
parapeitos.
No Portal do Sol, depois de
termos andado um bocado para lá e para cá, por ruas paralelas e vielas
estreitas, pegamos novamente o ônibus turístico, desta vez com a intenção de descansar um pouco.
Descemos no Museu Del Prado. A fila estava considerável, e já estávamos nos
preparando para encarar um longo tempo na fila, quando uma funcionária veio
falar conosco e nos indicou a puerta Murillo. De fato, lá não havia fila.
Entramos rapidamente, e começamos com a visitação.
Nossa, foi bom demais ver pinturas de Rubens, Velásquez, Caravaggio, Tiziano, Goya,etc. Que gênios da pintura! Que quadros fantásticos, onde os personagens parecem querer sair das telas... foi um alimento para a alma, e uma canseira para os pés.
Depois desta visita, resolvemos
novamente pegar o ônibus, mas como andamos na direção errada tivemos que andar
à beça para voltar até a estação de ônibus correta. Estávamos exaustos. Fomos
novamente até a estação Callao, e como não estávamos a fim de procurar um
restaurante, decidimos almoçar novamente no El Corte Inglés e tomar um café na
Starbucks. Já eram 17 horas, e então o sol apareceu, e tivemos um final de
tarde e início de noite maravilhosos. Pegamos o metrô, voltamos ao hotel, e
então pegamos o carro para dar uma volta – claro que fomos a uma loja de motos –
não podia ser diferente. Mas a primeira loja havia fechado, e na segunda
somente fazem manutenção de motos. Decidimos então dar sentar numa cervejaria
nas imediações da Praça de Toros, e tomamos uma excelente cerveja chamada
Cruzcampo. Não queríamos tomar a Mahou, que é muito bebida em Madrid, por não
termos gostado desta cerveja meio ‘xoxa’. Comemos um bacalhou ahumado como
acompanhamento. Estava uma delícia. Chegamos no hotel por volta das 21 horas, o
dia ainda claro. Resolvemos jantar no quarto do hotel mesmo, tipo piquenique, com presunto crudo de excelente qualidade, queijos, salames e vinho tinto. Que delícia!
Nenhum comentário:
Postar um comentário