terça-feira, 17 de setembro de 2013

Amalha viária na Itália é de enlouquecer... Para pegar uma estrada secundária, é preciso de muita paciência e espírito de aventura.

17/09/2013
De Pescara a Senigallia
Hotel Sabra

Saímos de Pescara às 10 horas e levamos mais de duas horas para finalmente encontrar a estrada secundária em direção ao Parque Nacional e depois para Senigallia. A malha viária é uma loucura, são muitas auto-estradas, muitos túneis-um deles atravessamos três vezes, caímos sempre no mesmo lugar ou seja, não dá pra confiar totalmente no Garmin. 







Quando finalmente entramos na estrada secundária rodamos uns 5 km e pasmem, de repente estava interrompida. E agora, José? Fazer o quê? Um italiano muito simpático e gentil ofereceu-se para andar na nossa frente. Subimos ladeira, descemos ladeira, entramos à direita, entramos à esquerda e de repente estávamos do outro lado da estrada  interrompida. Agradecemos efusivamente ao simpático italiano e seguimos viagem. Foi uma viagem longa. Subimos montanhas, descemos vales, passamos por inúmeros vilarejos e finalmente chegamos em Ancona, que beira o Mar Adriático. Pela orla, seguimos até Senigallia. 




Senigallia é uma pequena cidadezinha de mais ou menos 45 mil habitantes, localizada na província de Ancona. Com uma grande extensão de praias, a cidade no período de verão recebe muitos turistas italianos e europeus. A Rocca di Senigallia (Castelo) localizado no centro histórico da cidade, foi construída no ano de 1480, mas bem antes dessa data uma parte da arquitetura já tinha sido construída em forma de fortaleza.
As origens de Senigallia são ligadas aos acontecimentos de Galli Senoni, população proveniente da zona de Marselha, chegando na Itália no V sec. a.C. ocupando parte do território sob o domínio dos Picenos e fundando a própria capital.
Conquistada pelos romanos na batalha de Sentino (295 a.C.). tornou-se um importante centro comercial da região. Foi saqueada pelos Godos de Alarico (400 d.C.), mas desabrochou sob o domínio dos Bizantinos fazendo parte do Exército de Ravenna. 
Após as conquistas de Astolfo (751) foi por breve tempo dominada pelos Longobardos, mas com a imediata vinda de Carlos Magno (773-774) este expulsou os longobardos do centro e do norte da Itália. Em consequência, Senigallia foi doada à Igreja fazendo então parte do chamado Patrimonium Petri. No XII sec. torna-se município livre defendendo a Igreja no confronto entre os guelfos e guibelinos.
Torna-se logo feudo dos Malatesta e dos della Rovere sob o ducado de Urbino (1474). Foi nesta fase histórica que se construíram o Palácio Ducale e a Fortaleza, pois a defesa da cidade era ameaçada pela invasão turca.
Entre o 1600 e 1700 a cidade passou por um período de forte desenvolvimento graças a sua vocação comercial e o seu porto, um dos maiores do Adriático. Importante é também a "Feira della Maddalena" que a torna famosa em todo mundo.
Senigallia é um baú de arte e demonstra através de um de seus maiores monumentos : a Fortaleza Roveresca, construída sobre fortificações que datam da época romana. A Fonte da Praça do Duca e Palazzo Ducale e Palazzetto Baviera na mesma praça. Entre os edifícios religiosos estão a Igreja dela Madonna e o Duomo. 


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