16/09/2013
De L'Aquila a Pescara
Hotel Carlton
Acordamos às 7:30, mas bem que podíamos ter dormido mais, pois o cansaço da viagem foi grande. Mas o sol batendo na janela, a luminosidade muito especial de L'Aquila nos fez levantar para aproveitar o dia ao máximo.
Tomamos café e saímos para subir até a fortaleza. Passamos por um parque lindo, que já era tudo de bom. Depois seguimos para o centro antigo da cidade, sem imaginar o que encontraríamos pela frente. Sabíamos que L'Aquila tinha sofrido m terremoto, mas não imaginávamos, nem de longe, o impacto que isto significou na vida de milhares de pessoas. O centro antigo acabado. Praticamente nenhum prédio escapou das consequências do terremoto. Praticamente todas as lojas fechada. Muitos homens zanzando pelas ruas, sem ter o que fazer. E o IMENSO esforço de recuperar tudo, prédio por prédio, praça por praça, Fontana por Fontana. IMPRESSIONANTE! Deve ser muito parecido depois de uma guerra, quando pedra por pedra tem que ser reconstruídos. Andamos pelas ruas, cada vez mais silenciosos, cada um de nós envolto em seus pensamentos muito particulares.
Muito mobilizados.
O dono danificada uma simpatia, os funcionários também. Esmeraram-se para encontrar uma solução que, no frigir dos ovos, era adquirir um pneu meia vida para substituir o que estava estourado. Dito e feito! No maior silencio, trocaram o pneu e para nosso mais absoluto espanto, o dono não cobrou nem pelo pneu, nem pelo serviço. Não dava pra acreditar. Como assim? Achávamos que não havíamos entendido. Vai ver que o dono falou um preço e não entendemos? Ronald perguntou de novo. Era isto mesmo. Niente! Nada! Nichts! Never! Não cobrou nadica de nada! Ficamos embasbacados com tamanha gentileza! Isto nos acontecia em pleno século XXI, onde um puxa o tapete do outro, onde todo mundo quer vantagem?
Continuamos viagem com um sentimento de felicidade que há muito tempo não sentíamos. Ainda há gente boa e gentil neste mundo. Não dá pra perder a esperança na humanidade.
Continuamos viagem. Cruzamos a montanha, pegamos neblina, depois sol, e finalmente chegamos em Pescara. Ficamos encantados com a cidade, com sua orla muito bem cuidada, com gente flanando pelas alamedas e pelo largo calçadão com seus bares e restaurantes. Jantamos uma legitima macarrônica, que estava divina. E fechamos o dia com um belo vinho. Um dia que certamente ficará para sempre em nossa memória.
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