terça-feira, 16 de setembro de 2014

A caminho da Rota da Seda -Tashkent , uma das 10 mais belas cidades do mundo, no ranking até 15 anos atrás.

14 e 15 de setembro de 2014: viagem a Istanbul (Turquia) e, em seguida, a Tashkent (Uzbequistão). 

Saímos de casa um pouco antes da meia noite e chegamos no aeroporto em 40 minutos, um record para este trajeto. A fila do check in estava imenso mas, como vamos na classe Comfort , fizemos check in navexecutiva. A atendente estava em treinamento, bastante insegura, o que fez com que o check in demorasse muito. Estou. Com 14,9 kg, um absoluto record em termos de bagagem. Ainda falta mais de uma hora para embarcar, o jeito é ter paciência. Serão duas noites quase sem dormir, porque há próxima noite faremos conexão Istambul - Taskent, com quase quatro horas de voo. 
A viagem até Istambul foi maravilhosa. Viajamos na Comfort, com assento largo, espaço suficiente para as pernas e boa comida. Dormi 7 horas numa tacada só. Voo tranquilo, melhor impossível. Em Istambul, duas horas de espera. Como conseguimos o lugar da emergência, também não tivemos problema com o espaço. Neste trajeto dormi talvez uma hora. Também foi um voo tranquilo. 
Chegamos em Tashkent com o dia já claro, no dia 16/9. Fomos os primeiros a chegar na polícia federal, mas este nos falou que teríamos primeiro que tirar o visto. Saímos da fila, encontramos o guichê, totalmente às escuras.
Ficamos esperando um tempo. Apareceu um sr. que devagar, quase parando, nos atendeu. Demorou muito tempo para conseguirmos, finalmente, nosso visto. Entramos na fila para passar pela polícia federal e em seguida fomos buscar nossas malas, que também demoraram para aparecer. Finalmente saímos para fora e nossa guia, Zumrad, já nos esperava, simpática e falante. 
O check in no hotel foi rápido. Estamos hospedados no hotel Lotte, o mais antigo da cidade. Um bom hotel, quarto amplo, ótimo café da manhã, bem central.
Descansamos 1hora e meia, mas não consegui dormir. Impressões demais para poder descansar. 
Quando saímos, o calor estava sufocante, a garganta ficava seca toda hora. Visitamos várias mesquitas, madrasahs e um mausoléu, conforme descrito abaixo.

A Rota da Seda tornou-se o maior eixo comercial e cultural de todos os tempos além de sinônimo de exotismo, aventura, viagens e terras distantes. A seda foi escolhida como símbolo dessa imensa rede de comunicação terrestre. A diversidade de produtos e conhecimentos que transitaram nestas rotas imprimem um significado de rede, tão familiar à nossa visão contemporânea de intercomunicação. 
No coração da Ásia Central nossos caminhos pelo Uzbequistão seguirão as marcas das antigas estradas que marcaram a Rota da Seda. Ao longo de nossos caminhos raridades artísticas de pintura, de têxteis, de escultura, de arquitetura e de objetos artesanais revelam o processo de evolução e transformação de tantos legados. 

Tashkent

Desde os tempos antigos, Tashkent desempenhou um papel importante na Asia Central e foi o principal centro da Rota da Seda ligando o leste a oeste, norte e sul. 
Tashkent é mencionado no livro sagrado dos zoroastristas (Avesta), bem como em fontes chinesas antigas. 
Tashkent significa 'Cidade de Pedra', 'Cidade Turquesa'. É a mais cosmopolita do país. 

Cidade Antiga

Khasti Imom Mosque. O complexo tem mais de mil anos, e continua a ser um importante centro de cultura islâmica no Uzbequistão. Tashkent é considerada a capital mundial da cultura islâmica. 

Barak Khan Madrasah. É um complexo de edifícios construídas nos séculos XVI e XVII . Possui dois mausoléus. 
Significa escola. Foi construído no século XVI . Tornou-se um centro de administração espiritual dos muçulmanos da Ásia Central. Tem uma rica biblioteca que contém manuscritos orientais.

Ash-Shashi Kaffal Museum. Apesar de seu grande tamanho, o edifício parece gracioso. O mausoléu é m local de peregrinação. 

Alcorão Uthman. Em 650 o califa Uthman ordenou ao seu filho adotivo de coletar todos os registros de sermões do profeta Maomé e transformá-los em um livro. Foram feitas apenas cinco cópias e enviadas para Meca, Medina, Damasco, Kufa e Basra. A versão original ficou com Uthman. Segundo a lenda, no momento da morte de Uthman, este estava lendo uma das cópias canônicas do Corão , páginas que foram inundadas  pelo sangue do Khalifa. Está copia do Alcorão havia desaparecido, mas após algum tempo apareceram várias cópias do Alcorão com páginas manchadas de sangue, cada um dos quais se afirma ser o Alcorão original.  Ver o alcorão original, todo ele escrito em pele de cordeiro foi um momento impactante. Infelizmente não foi possível tirar fotos. 

Madrasah Kukaldosh
É um dos monumentos arquitetônicos mais importantes do século XVI . Está localizada numa colina alta na área de Chorsu. A Madrasah foi construída com tijolos cozidos. Somente uma fachada foi decorada. 

Sheikh Abdulkasim Madrasah
É um monumento para Abdulkasimhan, o grande pensador do seu tempo. Está localizado na parte sul da antiga Tashkent. Lembra a beleza da arquitetura antiga de Tashkent. Estudos arqueológicos e documentos históricos sugerem que foi construída no século XVI . Originalmente era um complexo de um andar. Em 1864 o segundo andar foi concluído. Nos tempos soviéticos as belas instalações do complexo foram destruídas, mas milagrosamente a construção das madrassas sobreviveu. 

Bazar Chorsu
O Chorsu Bazaar é o tradicional bazar localizado no centro da cidade antiga de Tashkent. Sua construção abobadada de cor azul chama a atenção. Tem uma grande variedade de produtos para oferecer como quaisquer outros bazares em outros países asiáticos. . É no mercado que podemos observar hábitos cotidianos, relações entre as pessoas, tipo de roupas usadas, cores e cheiros. Este enorme bazar é constituído de vários edifícios, assim como também há um bazar ao ar livre. Curiosamente os preços não são convidativos. É um ótimo lugar para visitar e saborear a atmosfera da Ásia Central.

Seguem algumas fotos:

















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