quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Último dia no Uzbequistão


24 de setembro Margilan
Saída de Ferghana para Margilan. Visitamos a famosa fábrica de seda, que exporta para a Rússia e Europa. 







Em seguida visitamos a Madrasah Hadia Saida Ahmad. 






Por fim, visitamos a mesquita Hadja Magiz. 







Retornamos a Tashkent após cinco horas de viagem e nos preparamos para iniciar o retorno para São Paulo na madrugada do dia 25/9.


Hoje foi o último dia no Uzbequistão. Uma viagem curta mas muito, muito intensa, e essencialmente cultural .  Uzbequistão não oferece uma natureza exuberante, mas oferece uma história exuberante de mais de 25 séculos. O Uzbequistão faz divisa com muitos países, é caminho natural do oriente para o ocidente, não tem saída para o mar. Depende essencialmente de boas relações com seus vizinhos para poder comercializar seus produtos e comprar o que não produz e necessita. Tem uma história sanguinolenta. Foram muitos conquistadores que passaram por aqui como Alexandre, o Grande e Marco Polo, entre muitos outros. Foram conquistados por tartaros, mongóis, russos, persas, entre outros. Mas a influência que ficou foi a russa. Na última invasão que remonta ao século XIX aqui ficaram até o fim da União Soviética. Construíram fábricas, a língua russa tornou-se a primeira língua falada no país, o uzbeque como segunda língua, há uma forte influência arquitetônica russa. Apesar dos russos terem destruído muitos monumentos históricos, também  os ajudaram a reconstruir.  Tiveram seu próprio grande conquistador, Amir Timur, de quem se orgulham e cultuam. Produziram grandes astrônomos, matemáticos, arquitetos e artesãos ao longo de sua história. Valorizaram a Educação nas mais diferentes etapas de seu desenvolvimento. Hoje em dia não há analfabetos.  São um povo independente há 23 anos, e buscam a sua identidade através do resgate da sua história. Nestes 23 anos de independência, conseguiram erradicar o terrorismo e reduziram drasticamente o consumo de drogas. Há violência, mas está sob controle. São regidos a mão de ferro pelo presidente que está no governo desde a independência, mas consideram isto necessário. Tem sérios problemas com escassez de água e redução de alimentos, apesar da imensa produção de algodão, assim como plantações de trigo, milho, frutas e leguminosas. Há um grande sistema de irrigação que viabiliza esta produção. Não há petróleo, mas há a abundante produção de gás que exportam para a Rússia.
Hoje a primeira língua é o uzbeque, um misto de influência de várias línguas, como o farsi. A segunda língua é russa. Poucos falam inglês. 
O que fica? Intuitivamente diria que é um país em busca de si mesmo, evitando influências externas marcantes. Buscam suas próprias raízes através do resgate de sua história! 

Rahmat (paxmat) Uzbequistão! Obrigada, Uzbequistão! Aprendemos muito! 

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