domingo, 1 de dezembro de 2013

Por pouco as 'três mosqueteiras'não param no xilindró...

Hoje de manhã foi difícil levantar... Fomos dormir tarde, por volta da meia noite, o quarto, diferentemente do dia anterior estava muito quente, o sono foi conturbado. Acordamos por volta das oito horas , fomos tomar café, arrumamos nossas malas, que de três se transformaram em seis em função das compras natalinas feitas em Rothenburg ob der Tauber. Mas coube tudo no carro, o GPS funcionou de cara, acionamos de novo os dois, tanto o alemão quanto o italiano, e seguimos viagem. Perdemos uma entrada para uma das auto-estradas, mas isto não foi nenhum problema, nosso fiel escudeiro Garmin nos levou com segurança até a A6, estrada que nos levaria a Praga. No início, muita neblina, depois bastante neve nas florestas pelas quais passamos mas, à medida em que íamos nos aproximando da divisa a neve ia sumindo e a temperatura aumentando. Resolvemos entrar no último vilarejo antes da divisa para abastecer. Pouco antes de parar no posto havia visto o botão de acionamento da tampa que dá pro tanque de gasolina... Ufa! Não iria dar vexame procurando o tal do botão. Nunca tive que abastecer na Europa, esta seria a primeira vez. Com a segurança aparente de quem acha que sabe das coisas fui abastecer o carro. Vera  e Vívian fotografando freneticamente, afinal de contas esta foi uma experiência nova para todas, rsrsrs. Mas, de repente, a bomba de combustível travou, consegui colocar somente cinco litros. Caramba, e agora? Tentei de novo, consegui colocar dois litros. Tentei mais uma vez, foi um litro. Acionei a bomba, mas o tanque ainda estava pela metade. O jeito foi ir falar com o dono do posto, que estava com outra pessoa na loja de conveniência e que estava nos observando muito interessadamente. Entrei na loja, e ele me perguntou: suas amigas são de uma empresa fotográfica? Na hora não entendi, mas aí dei uma risada e expliquei que nós éramos brasileiras, e que está era a primeira experiência de auto-abastecimento. Perguntei a ele porque eu não consegui completar o tanque, e ele resolvei me acompanhar . Colocou o bico da bomba na abertura do tanque, e num zás tráz encheu o tanque de combustível.

 
Caramba, porque comigo não tinha dado certo? A hipótese que ele levantou foi que eu não tivesse enfiado o bico suficientemente para acionar a bomba. Bom, pode ser. Da próxima vez confiro isto. Ainda conversamos um pouco, ele e seu amigo visivelmente se divertiram com esta situação e certamente isto renderá pano para manga junto aos seus familiares e amigos. Resolvemos ir ao banheiro. Era necessário colocar moeda de 50 cents. Não havia outra possibilidade, e nós somente tínhamos uma moeda. Não tivemos nenhuma dúvida. Entramos as três de uma vez no banheiro mega apertado.  Mas tudo deu certo. O dono do banheiro é que não deve ter entendido nada, rsrsrs.
Passamos pela divisa, e a qualidade da auto-estrada caiu. Nada dramático, a estrada continuava ainda muito boa, mas menos do que na Alemanha, onde as estradas são realmente um tapete. A paisagem também mudou, o estilo dos vilarejos também. Em cada cidade víamos, de longe, várias construções típicas da épica do comunismo. Prédios que parecem caixotes, feios de doer. Chegamos sem incidentes em Praga, e o Garmin nos levou diretamente para o Museum Hotel. O hotel é simples, não tem garagem, mas tem uma enorme vantagem: fica na boca da cidade antiga, em diagonal ao Museu Nacional. Que maravilha! Um carro saiu de uma vaga, ficamos meio em dúvida se não era uma entrada de garagem, mas como não havia nada escrito e nos outros portões do mesmo tamanho estava sempre escrito entrada de garagem, achamos que poderíamos estacionar ( ainda havia espaço para um carro com motorista hábil entrar e sair)
, levamos nossas malas pro hotel, o que significou duas idas e vindas, fizemos o check in , levamos nossas bagagens para o quarto, descemos para o lobby e perguntamos onde havia um estacionamento. O rapaz explicou, num inglês meio difícil de entender, e lá fomos nós, com o mapa na mão, para procurar o tal estacionam ego, que ficava a m quilômetro dali. Do lado do nosso carro, encontramos mussarela enfurecido e, quando chegamos perto, o homem soltou uma saraivada de xingamentos por termos estacionado em local impróprio. Ele falou em alemão, e eu fui tentando explicar que não tinha ficado claro que aquilo era uma porta de garagem. O homem, e principalmente a mulher, estavam enfurecidos. Tentei entrar no carro para tirá-lo dali, mas o homem não deixou, disse que tínhamos que esperar a polícia chegar, que ele já tinha acionado. Era tudo que nos faltava. Polícia e uma multa de 156 euros, que foi o que este homem nos explicou que iria custar. Novamente procurei dialogar com o homem, expliquei que éramos brasileiras, que não conhecíamos Praga, que desconhecíamos as normas e que lamentávamos muito termos estacionado, mesmo que rapidamente, de forma tão inconveniente . O homem ficou sensibilizado, escutou nossa história, pedimos desculpas, ele até sorriu, mas disse que teríamos que esperar pela polícia, e que aí ele tiraria a queixa. Pediu que déssemos marcha ré, ele abriu o portão, a mulher e ele sumiram jardim adentro, e logo depois saíram de carro. Bom, e agora? O casal havia sumido, nada de polícia por perto, nós iríamos esperar? E. moo nos comunicar se não falávamos checo? Decidimos ir embora. Entramos no carro, seguimos até o entroncamento da rua, olhei pelo retrovisor...caramba... Um carro de polícia atrás da gente. Resolvi atravessar a avenida bem devagar, se está era a polícia que estava por nos autuar, iriam acender o sinal luminoso. Onde estávamos não dava mesmo para parar. Cruzei a avenida, andei bem devagar, e a polícia passou pela gente sem nenhum sinal de que estavam atrás da gente. O sinal fechou, abriu, e continuamos nosso trajeto. Estávamos tão tensas que perdemos o caminho e tivemos que dar uma volta até encontrar o estacionamento. Deixamos o carro e retornamos ao hotel. O rapaz da portaria nos informou, então, que tínhamos ido ao estacionamento errado, e que neste estacionamento iríamos pagar 1,50 a hora. O que fazer? Retornar ao estacionamento para retirar o carro. Lá encontramos alguém na cabine que falava alemão. Perguntei a ele onde ficava o outro estacionamento, e ele nos disse que aquele era o estacionamento correto. Explicamos que tínhamos a informação que teríamos que pagar por hora e ele falou que não, que pagaríamos uma taxa pelos três dias completos e que, como estávamos hospedados no Museum Hotel, teríamos um desconto de 12 euros. Perguntei novamente, para me certificar, se não tínhamos que colocar o carro em outro lugar e ele reiterou a informação: não, não teríamos que mudar o carro de lugar, e pagaríamos 48 euros cash pelos três dias de estacionamento . Pagamos o dinheiro, confirmado com assinatura e carimbo no verso, e retornamos ao hotel.




























 
Decidimos fazer uma reserva para três pessoas para o Grande Tour Praga, com guia em português, para o dia seguinte.
O recepcionista se fez de tonto, disse não saber do que se tratava, e informou que teríamos que esperar por uma hora para poder telefonar. Caspita, que povo mais complicado é este? Só queríamos fazer uma reserva, será que isto é tão difícil? O rapaz, que havia saído do saguão retornou e perguntamos se ele não podia fazer a gentileza de telefonar. Gentilmente, depois de uma cara feia, concordou e assim Vivia conseguiu falar com Thomaz, um simpático checo falante do português, que nos deu todas as informações necessárias para o dia seguinte.
A esta altura do campeonato já eram quatro horas e ainda não havíamos almoçado. Decidimos descer a avenida principal em direção à ponte Carlos para procurar um restaurante, ou uma lanchonete que fosse. Ficamos deslumbradas com a avenida, com os prédios enfeitados, com os quiosques montados para uma feira de natal. Finalmente descobrimos um restaurante que nos parecia com um preço possível para os nossos bolsos e, aliviadas com o bom desfecho do dia, até resolvemos brindar com uma garrafa de vinho. O almoço estava excelente, o vinho também de boa qualidade, tudo voltou aos eixos, e nosso humor voltou ao nível normal, rsrsrs. Após o almoço, decidimos fazer o trajeto até a torre de pólvora para conhecer o caminho que precisaremos seguir amanhã para o encontro com o guia turístico. Achamos sem problemas. Verá e Vivia ainda resolveram fazer um 'tour' por lojas, eu decidi retornar ao hotel, pois já alcancei meu limite em termos de lojas e compras. Não é muito a minha praia. No retorno ao hotel parei várias vezes para observar e ouvir músicos e o ir e vir dos incontáveis turistas que circulam pelas avenidas. Praga é realmente um encanto, e estamos muito felizes de termos vindo aqui.
No dia seguinte fizemos um walking tour de 8 horas com a empresa Avant Garde, que tem uma equipe que fala português. Foram 8 horas intensas. Vimos muito, ouvimos muito, e nos apaixonamos por Praga.










































































 

Um comentário:

  1. Delícia de viagem!
    Sempre quiz conhecer Praga mas até agora não deu certo! ;-) bj bj

    ResponderExcluir