quarta-feira, 30 de março de 2011

De Salerno a Villammare

30.03.2011
Acordamos com um sol maravilhoso entrando por janela e porta de cada um dos nossos quartos. Tomamos um café maravilhoso  - Hotel La Lucertola. Aliás, o hotel todo é maravilhoso, dormimos em cima do penhasco, tudo é eletrônico, tem elevador, o hotel é de bom gosto -  o melhor de toda a viagem terrestre até agora, com toda a calma, porque achávamos que andar 150km seria bico, em no máximo 4 horas, parando frequentemente, estaríamos em Villammare. Ledo engano! Levamos mais de cinco horas, em função de um desvio pelas montanhas...
Saímos do hotel e passamos mais uma vez por Salerno. Confirmou-se nossa primeira impressão: Salerno é uma cidade industrial, e muito suja.  O lixo nos acompanhou por mais ou menos 20 km, e depois descortinou-se uma paisagem linda. Quase o tempo todo fomos margeando o Mar Mediterrâneo, verde esmeralda. Foi uma viagem para a alma.  Antes de Pisciotto, não percebemos que a estrada estava interrompida e tentamos passar por cima de um monte de terra colocado no meio do caminho. Tentamos de frente, tentamos por trás, por nada conseguíamos passar. Depois de inúmeras tentativas, resolvemos pegar uma outra estrada e, na volta, nos damos conta da placa que informava que o trânsito estava impedido. Ainda bem que não insistimos. Sabe lá o que encontraríamos pelo caminho...
O desvio levou mais de uma hora. Passamos por picos de montanha, numa estrada muito estreita. Ainda bem que não havia tráfego, pois cada vez que vinha um carro do lado oposto, era uma loucura parar na beira do penhasco para que ambos os carros pudessem passar. Certamente seguramos nossos corações na mão durante esta travessia...
Quando chegamos a Villammare descobrimos que nosso hotel ficava mais em frente, entre Villammare e Sarpi. Na realidade, era um bed and breakfast, na beira da estrada. Como em todos os dias anteriores, eu recebi um quarto nos fundos. Desta vez, na frente da linha ferroviária. Felizmente a porta para a varanda é de um vidro grosso, e quase não se escuta o trem. Alex e Ligia, Karin e Sandro receberam quartos com varanda para frente. Até o momento, o movimento é intenso, mas acredito que vá diminuir ao avançar da noite. Os quartos são muito confortáveis, bem decorados, e os banheiros são amplos e limpos. O dono do hotel é muito simpático. E das varandas, vê-se o mar. A praia é de pedrinhas, o que dificulta um pouco a caminhada.
Deixamos nossas bagagens e fomos caminhar, inicialmente, na praia. Depois, pegamos o carro e fomos a Sarpi, onde demos uma volta de uma hora e meia. Jantamos num restaurante ao lado da igreja. O ravióli com recheio de ricota estava simplesmente divino. E este foi o jantar mais barato da viagem terrestre. Ainda comemos profiterole, para fechar a noite com ‘chave de ouro’.
Amanhã vamos iniciar a viagem de retorno ao aeroporto Fiumicino às 5 horas da manhã. São 426 km, e calculamos cinco horas e meia de viagem. Alex e Ligia vão embarcar no avião com destino a Marseille, Sandro, Karin e eu seguimos de ônibus para Roma, para nossa última etapa de viagem.
Os dias com Alex e Ligia já irão acabar. Sem dúvida nenhuma, passaram muito rápidos, e agora já sinto uma ponta de saudade, ...





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