domingo, 21 de abril de 2013

Bangkok, uma cidade instigante...

14 e 15 de abril de 2013

Bangkok, Thailand

Bangkok é a capital da Tailândia e tem 7 milhões de habitantes. Encontra-se às margens do Rio Phraya.

É uma cidade exótica, caótica e tentadora para uns e repulsiva para outros. Provavelmente não existe outra cidade no sudeste asiático que provoque sentimentos tão confrontados.

Bangkok se desenvolveu com rapidez e em muito poucos anos foram levantados arranha-céus por todos os lados. A cidade convida a caminhar e somente com alguns passos já é possível encontrar atrativos.

Com sete milhões de habitantes, Bangkok é uma metrópole fascinante: por um lado há a cidade velha com os palácios e templos do século XVIII e por outro a cidade moderna com seus centros comerciais e as zonas de desenvolvimento banhadas pelo rio. É possível visitar as belezas monumentais, relaxar em algum parque ou aventurar-se na vida noturna e nas lojas e mercados para fazer compras.

Levantamos hiper cedo para acompanhar a entrada pelo rio até Bangkok. Foi fascinante ver o amanhecer do dia, as luzes se apagando e a cidade acordando. Ancoramos por volta das 8 horas e descemos para pegar o shuttle às 8:30 e saímos às 8 horas. O shuttle nos levou até o Central World e de lá pegamos um taxi para o Grand Palace. Descemos em frente ao Grand Palace e levamos um susto com a quantidade incalculável de gente querendo fazer o mesmo que nós. Uma loucura! Compramos as entradas e ficamos sabendo que teríamos que alugar uma calça comprida para o Ronald e um sarong para mim, porque estávamos de bermuda. Lá fomos nós. As peças eram de lã, o que só contribuiu para aumentar o nosso desconforto com o calor escaldante. Enfim entramos e pudemos apreciar esta maravilha de palácio. O Grand Palace construído em 1782 como residência para a familia real . Rodeado por muralhas, em seu interior encontram-se edificações de estilo thai e algumas de estilo renascentista ou vitoriana. Ao atravessar as muralhas descobrem-se incontáveis construções que surpreendem por sua beleza. No grande palácio encontra-se o Templo Buda de Esmeralda. Trata-se de uma capela real, ligeiramente elevada sobre uma varanda de mármore e rodeada de curdos dourados, estátuas de elefantes e bailarinas. No seu interior há uma estatua de Buda de 65 cm, dentro de uma urna de vidro. A figura é esculpida em jade, mas parece ser Esmeralda. A imagem está vestida com uma túnica de diamantes.

Após a visitação do palacio, que realmente vale a pena, fomos ao Museu Têxtil. A Tailândia é conhecida por suas criações fantásticas em tecido, e realmente ficamos impressionados com a qualidade e beleza dos mesmos.

Em seguida, resolvemos encarar uma rua próxima ao rio para irmos ao píer 9, pegar um barco que os levaria a um rio secundário e ao mercado flutuante. A água do rio é super suja, o tráfego de barcos intenso. O nosso barco estava com problemas no motor e já temia ficar encalhada no meio deste rio sujo. Mas felizmente isto não aconteceu. O que nao prevíamos era o festival Songkran, que é festejado de 13 a 15 de a rio, e consiste em que as pessoas joguem água uma nas outras, normalmente com pistolas d'água, mas também usam bacias e baldes, o que aumenta em muito o estado de encharcamento. Levamos muitas 'pistoladas' no percurso, çomo o jato era fino não havia muito problema. Atravessamos a rua procurando o tal do píer passando por inúmeras barracas, que ofereciam de tudo. O pior eram as barracas de comida. Muita gordura, sujeira, água suja pelo chão e um cheiro insuportável, de embrulhar o estômago. Quando nos demos por conta, já havíamos passado pelo píer 9, e tivemos que voltar novamente 1 km. Isto neste calor abafado e uma umidade estonteante não foi tarefa das mais fáceis. Finalmente achamos o píer, e compramos um passeio de barco de uma hora e meia, com direito a uma parada no mercado flutuante.

Iniciamos o trajeto primeiro no rio mais largo, e depois entramos numa espécie de canal. Vira e mexe um barco passava pela gente em sentido contrário. Nas margens, havia muitos grupos de pessoas com toneis d'água, que se divertiam jogando água em nós. De repente um barco cruza conosco, e uma Tailândia pega um balde de água dormido sujo, imundo e nojento, e joga esta água na gente. Ficamos totalmente encharcados com esta água imunda. Neste momento a brincadeira pra mim acaba, pois usar água imunda e jogar em turista, aí já é demais. Fiquei muito brava e xinguei a mulher até a décima geração... Não havia o que fazer. Tivemos que continuar o passeio encharcados e fedidos... Ainda nos jogaram água muitas vezes, mas a brincadeira havia perdido a graça. Totalmente molhados, chegamos no mercado flutuante onde, de dentro de barcos se vende de tudo, principalmente comida. Os cheiros inconfundíveis. Ficamos uma meia hora, e continuamos o passeio, até chegar novamente ao píer.

De lá, resolvemos pegar um tuc tuc. Este nos levou a uma loja de jóias, realmente belíssimas, a uma loja de tecidos e finalmente ao templo Wat Pho, que é um dos templos mais antigos de Bangkok, construído no século XVI.

Durante o passeio com o tuctuc, ainda levamos muita água pela cara. o meu mau humor aumentava na medida das encharcadas. Encaramos um engarrafamento monstruoso, e resolvemos continuar a pé. Havia muita, muita gente nas ruas, e muitas delas munidas de pistolas. Felizmente conseguimos driblar os atiradores e foram relativamente poucas as pistoladas que ainda levamos.

O alívio de retornar ao hotel foi grande. Tomamos um longo banho com bucha para tirar toda a sujeira do corpo, e conseguimos relaxar. Mas estávamos muito cansados.

Estávamos tomando um drink no deck da piscina quando fomos informados que havia uma desistência para o restaurante Champagne. Apesar de cansados, resolvemos ir a este restaurante, que tem somente sete lugares e é exclusivo. O jantar estava divino, com apetitazers com champagne francês, entrada fria, entrada quente, prato principal e sobremesa. Mas acho que não aproveitamos tanto quanto poderia ter sido possível, porque lutávamos contra um imenso cansaço e tínhamos que tomar cuidado para não cair no sono.

Dormir foi o melhor remédio, e acordamos bem dispostos no dia seguinte.

Seguimos para o Central World de shuttle e de lá a pé para o Jim Thompson House Museum. Uma bela caminhada. Mas valeu a pena, porque a historia de Jim Thompson é cativante e a casa uma graça. A casa de Jim Thompson é um conjunto de 6 edifícios construídos em Madeira de teca e exibem antigüidades de porcelana, esculturas e pedras preciosas. Representa fidedignamente a arquitetura Tailândia. A cor vermelha externa é uma espécie de tinta de conservação.

Jim Thompson resolveu morar na Tailândia depois de ter servido ao exercito americano por longos anos. Ele se interessou pela manufatura de seda, que tinha perdido de importância, e Jim Thompson dedicou-se à revitalização da manufatura de tecido feito à mão em seda. Por sua habilidade como designer têxtil ele contribuiu significativamente para a ampliação deste ramo industrial e comercial.

Em março de 1967 Jim Thompson sumiu durante uma viagem à Malásia. Até hoje nao se tem idéia o que possa ter acontecido com ele. A sua famosa casa thai permanece como lembrança à sua competência criativa e seu profundo amor pela Tailândia.

Depois desta visita, retornamos a pé ao Central World, com uma rápida incursão num Shopping. Os shoppings em Bangkok são uma loucura e objetando desejo doa consumistas. Famosas grifes estão representadas, e a arquitetura dos shoppings é ampla e luxuosa.

Retornamos ao navio e almoçamos no deck da piscina. A comida estava uma delicia, assim com a cerveja Guiness e Beck, assim como o sorvete e o capuccino. Mas estava muito quente, e resolvemos descansar na cabine, aguardando a saída de Bangkok rumo ao Vietnam.

 

 

 

 

 

 

 

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