segunda-feira, 22 de abril de 2013

Ho Chi Minh... Mas ela é mais conhecida por Saigon

16, 17 e 18 de abril de 2013

Ho Chi Minh City

Viet Nam

De manhã entramos no Delta de Mekon, e a travessia até a chegada a Saigon levou um pouco mais de três horas. foi uma belíssima travessia. águas claras, margens verdes até perder de vista. Cruzávamos barcos que vinham em direção contrária o tempo todo, e estes deslizavam silenciosamente sobre as águas, assim como nosso navio também. Só se ouvia, de vez em quando, o chilrear dos pássaros. De resto, silêncio! Foi uma travessia para o corpo e para a alma.

Chegamos em Saigon ao meio dia.

A cidade de Ho Chi Minh (Saigon) é a maior cidade do Vietnam. Situa-se no Sul do país e tem cerca de 6,1 milhões de habitantes.Foi fundada pelos Kmers, e conquistada pelos analepses no século XVII. Em 1859 foi ocupada pelos franceses e tornou-se a capital da Cochinchina e, mais tarde, de toda Indochina Francesa, até 1902. Em 1954 tornou-se capital do Vietnã do Sul, tendo sido quartel general das tropas americanas durante a guerra do Vietnã. Em 1975 as tropas do Vietnã do Norte entraram na cidade, marcando o fim da guerra.

Em 2010 foi construído o Aeroporto Internacional Long Thanh, com um total de 4 pistas de 4000 m, com um investimento de 8 bilhões de dólares. O aeroporto suporta um tráfego de 100 milhões de passageiros e 5 milhões de toneladas de carga, no período de um ano.

O espetáculo da maior cidade do Vietnã passa bem longe dos circuitos internacionais de consumo. Não se vai a Ho Chi Minh para fazer compras. Suas cores são as da vistosa paisagem tropical, sua trilha sonora é a das onipresentes buzinas de motocicletas e seu cheiro é o da sopa Pho bo. E o interesse maior está nas ruas de uma metrópole marcada pelos resquícios do passado rural ainda recente para boa parte de seus habitantes.

Nas margens do rio Dong Khoi, prédios gigantescos abrigam hotéis de luxo e filiais de grifes estrangeiras, que tentam emplacar seu estilo. Mas se tornam quase exóticas em contraste com a pobreza de uma população que está apenas uma posição acima da Índia em renda per capita na Ásia. Isso faz com que a diversão ocorra a céu aberto e com poucos recursos. Futebol no parque, crianças nos playgrounds públicos, cervejarias em banquinhos improvisados na calçada, refeições com o prato na mão e cochilos no meio da rua - inevitáveis, com o calor escaldante - fazem a alegria de uma população que, aos poucos, aprende a explorar o turismo.

Os preços vietnamitas são de deixar boquiabertos os turistas. Por menos de vinte reais janta-se no muito saboroso Huong Lai, com sua bela variedade de pratos locais e atendimento caprichado. Num país que ainda não foi dominado pelos molhos prontos e congelados, comer o que quer que seja é sempre uma experiência e tanto.

A vida na cidade começa bem cedo, com os primeiros vendedores circulando pelas ruas com seus famosos chapéus em formato de cone, e termina tarde, com os jovens locais namorando ao redor dos parques em cima de suas inseparáveis motocicletas. E não são só as paqueras que acontecem no lombo de duas rodas - homens, mulheres,animais, famílias inteiras andam a velocidades inferiores a 40 km numa cidade que dispensou as quatro rodas. Quase não há semáforos e as faixas de pedestre são enfeites. Atravessar a rua na capital econômica do Vietnã ( a politica é Hanói) é sempre uma aventura.

Ho Chi Minh não precisa de meios de transporte para ser visitada. Exceto pelo bairro Cholon, que reúne alguns dos melhores templos da cidade. Para chegar lá, dá pra pegar um taxi ou um tuc tuc. É bom combinar o preço antes, anotando o valor num papel com consentimento do motorista.

Costuma-se dizer que as guerras sempre são contadas do ponto de vista do vencedor. Isto não vale para a Guerra do Vietnã. Embora tenha vencido, o país pouco disse ao mundo sobre o conflito que até hoje marca a fundo a população local. 3 milhões de vietnamitas morreram durante a guerra que durou 13 anos, terminou em 1975 e cujo embargo foi, levantado somente em 1993, e 4 milhões sofreram as consequências do pesticida amarelo. Com o incentivo do governo socialista, os vietnamitas falam com orgulho sobre a vitória e não medem palavras ao contar as atrocidades a que assistiram. Um exemplo é o Museu de Guerra, que relembra em fotos chocantes os terrores do passado.

Bem diferente é o Palácio da Reunificação, construído em 1966 para servir de sede ao governo filiado aos Estados Unidos. Suntuoso na parte acima da terra, embaixo dela ganha ares de filme, com instalações para servir de fuga ao presidente em caso de bombardeio do prédio.

Nós fomos a aos Cu Chi Tunnels, na área rural da cidade. Isto nos permitiu conhecer tanto a periferia, os arredores e sua área rural, com plantações de arroz e pequeno comércio. A visita foi impactante, pois vimos de perto a perversidade e a crueldade desta guerra, que faz parte do nosso tempo.

Visitamos também o Museu Histórico, que é muito simples e na realidade não acrescenta muita coisa. Também visitamos uma igreja católica. Os budistas são maioria na cidade, mas não se vê muitas referências.

O Mercado Chinês é uma loucura. Um amplo espaço ocupado por centenas de pequenos comerciantes, com vielas estreitíssimas, e uma difusão de cheiros e aromas. O calor é sufocante.

Também tivemos a experiência de andar de riska, numa cidade com tráfego mais do que caótico e dominado pelas scooters e motocicletas de pequeno porte. Foi uma experiência e tanto. Apesar do sufoco, em momento algum sentimos medo.

Aliás, não sentimos medo nem nos sentimos ameaçados em momento algum desta viagem ao Sudeste Asiático.

 

 

 

 

 

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