quarta-feira, 24 de abril de 2013

Macau, uma ilha que foi colônia portuguesa mas onde praticamente não se fala português

24 de abril de 2013

Macau

Macau é uma das regiões administrativas especiais da República Popular da China desde 20 de dezembro de 1999. Antes desta data, Macau foi colonizada e administrada por Portugal durante mais de 400 anos.

A colonização de Macau teve início em meados do século XVI, com uma ocupação gradual de navegadores portugueses que rapidamente trouxeram prosperidade a este pequeno território, tornando-o uma grande cidade e importante entreposto comercial entre a China, a Europa e o Japão. Macau atingiu seu auge nos finais do século XVI e no inicio do século XVII, mas só em 1887 a China reconheceu oficialmente a soberania e a ocupação perpétua portuguesa de Macau. Em 1967, em consequência do Motim 1-2-3, que marcou a revolta dos residentes chineses próximo-comunistas de Macau, Portugal renunciou à ocupação perpétua. Em 1987, após intensas negociações entre Portugal e a Republica Popular da China, os dois países acordaram que Macau voltaria para a soberania chinesa no dia 20/12/1999. Atualmente, Macau experimenta um grande e acelerado crescimento econômico, baseado no acentuado desenvolvimento do setor do jogo e do turismo, as duas atividades econômicas vitais desta região.

Macau tem cerca de 538 mil habitantes, sendo a esmagadora maioria de etnia chinesa.

Saímos do hotel e fomos diretamente ao ferry. Ficamos impressionados com a organização e com o tamanho da estação de ferrys. Entramos numa fila razoavelmente grande e embarcamos . O ferry é muito rápido e confortável. Fomos margeando várias ilhas.

A entrada em Macau foi uma loucura. Deviam ter umas quinhentas pessoas querendo passar pela polícia federal, as filas estavam uma zona, e funcionários destinados à organização da fila tiveram um bocado de trabalho para convencer as pessoas a ficarem uma atrás da outra, e não lado a lado. Quando finalmente fomos liberados, encontramos o nosso guia Antônio, muito simpático e eficiente.

Primeiro fomos visitar a Deusa da Misericórdia. Uma estátua de bronze em frente ao mar. Bonita estátua. Seguimos para o Macau Tower. Uma torre de 338 m de altitude, onde é possível fazer Sky Walk e Crazy Jump. Não fizemos nem uma nem outra coisa, nem subimos a torre, porque a neblina ainda estava intensa e não valeria gastar 320 patacas (dólar de Macau) para não enxergar nada. Seguimos ao templo Aman, que foi construído em 1498, antes dos portugueses chegarem à ilha, pautado numa lenda. O templo é muito visitado, o cheiro de incenso intenso. 25 milhões de turistas vem a Macau anualmente. É gente à beça. A grande maioria vem da China Continental. Fomos almoçar em um hotel, e à tarde visitamos o centro histórico, que lembra bastante Lisboa, as ruínas de São Paulo e a fachada da igreja Mater Dei. Também visitamos a igreja São Domingo, que foi construída em 1568 e está muitíssimo bem conservada. Demos um giro pelo centro comercial, a Praça do Senado, passamos por um mercado e, como última visita do dia, fomos ao Hotel Venitian, no qual tem o maior cassino no mundo e, no terceiro andar, uma reprodução da Praça São Marcos, com canais e gôndolas, além de um céu artificial e 300 lojas. Um mundo da fantasia. Nosso forte não é cassino, mas valeu a pena conhecer, pois tudo ē super dimensionado. Mas vale dizer que muito bem projetado e construído.

 

 

 

Em Macau não há problema de desemprego. Há 1,5% de desempregados mas, de acordo com o nosso guia, são pessoas que não querem trabalhar porque preferem ganhar o subsídio do governo. Escola e saúde são gratuitos, e na terceira idade cada cidadão recebe um valor de 5200 patacas, o que corresponde a 640 dólares e um bônus anual.

 

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