Lass die Seele baumeln... Deixe balançar a sua alma...

Amanheceu chovendo. A luminosidade estava diferente, de um cinza dourado que deixava o cenário com ar de mistério neste vilarejo tão lindo e tão bem conservado que é Monzaraz, com suas 50 almas. Tomamos café, e embarcamos. Primeiro, andamos por estradas vicinais em cujas margens havia muitas flores, de todas as cores, e agora também papoulas. Trigais e mais trigais, entremeados  com árvores de cortiça . Uma paisagem bucólica, romântica, silenciosa, que convidava para o exercício do silêncio e da introspecção. Viajamos em silêncio por um bom tempo, cada um absorto em seus pensamentos, deixando nossas almas livres para balançar...

Depois de umas duas horas, embicamos para a autopista, e o encanto se quebrou. A paisagem também mudou. Havia mais árvores e menos flores, mais carros, não havia mais tantas casinhas pequeninas caiadas. 

Seguimos para Castelo Branco, onde esperamos por uma hora e meia pelos motociclistas, que ainda foram para Marvão visitar  um castelo. Que eu felizmente já conhecia, senão teria ficado chateada em não ter tido a oportunidade de conhecê-lo. O almoço durou por um longo tempo, e depois novamente pegamos a autopista em direção a Belmonte. Só no final, já próximos de Belmonte, embicamos para uma estradi há, que nos levou ao pico da montanha onde fica a Pousada Convento do Belmonte. Que pousada linda e de bom gosto. Quartos lindamente decorados, com uma varanda que dá com a vista para a montanha em frente, e um pico ainda está com o topo com neve. É mesmo para se deixar balançar a alma...