quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

El Chaltén e rumo ao Chile

Como de costume, saímos por volta das 7:30. Temos uma longa viagem pela frente. Primeiro El Chaltén, de onde se aprecia o Fitz Roy, com 3800 m de altitude. El Chaltén é a cidade do trekking. Há muitas possibilidades de caminhadas. Como este não é o nosso objetivo, visitamos a cidade e seguimos viagem. Mal saímos da cidade, o Fitz Roy ficou coberto de nuvens e sumiu de nossas vistas.
















Continuamos viagem. A partir da bifurcação, 90 km distante de Chaltén, pegamos estrada de terra, a famosa ruta 40. O trecho que rodamos está em construção, e quase o tempo todo tivemos que pegar desvios com estrada provisória. Foram incontáveis sacolejos e solavancos. Confesso que senti alívio quando voltamos à estrada de asfalto, tenho a sensaçào que estou sentindo todos os meus ossos e músculos...






Perdemos a entrada da estrada 29 e, assim, dizemos um trecho maior, de mais de 500 quilômetros.  Fomos até Gobemador Gregorius e paramos num IPF para abastecer. Aproveitamos para comer empanadas que estavam deliciosas.  A direção agora é Bajos Caracoles, e estamos com vento de frente. Muito, muito vento, o que obriga a uma direção muito concentrada e usando força para não sermos jogados para fora da pista. O consumo aumenta muito, para 5,8 km por litro, e é torcer para dhegar em Bajos Caracoles ainda com combustível no tanque, pois já usamos nossa reserva.
Conseguimos abastecer. Seguimos, então, por um caminho lindo e bucólico.
A passagem pelo controle argentino e chileno foi rápida. Passamos pelo Paso Roballo, acho que é o mais bucólico dos pasos no Chile. Lindo demais.













Chegamos em Cochrane às 19 horas, com pneu furado. Faz parte.  Achamos logo uma borracharia e resolvemos o problema. 






Perguntamos por hotel, nos indicaram um logo mais abaixo, na mesma rua. Hostal Cabañas Central. Como de hábito, ficamos logo no primeiro a consultar.
Sobre hotéis, costumamos ir em basicamente três categorias de hotel. Quando solicitamos a uma agência elaborar nosso roteiro, o composé é normalmente de 4 ou 5 estrelas. Quando nós elaboramos todo o roteiro inclusive reserva de hotéis, costumamos consultar o www.booking.com, optamos normalmente por hotéis 3 estrelas e até hoje tivemos sempre muito boas experiências com este serviço. Quando viajamos pela América Latina ou pelo próprio Brasil, de carro, e optamos por não fazer reservas, normalmente costumamos ficar no primeiro ou segundo hotel que encontramos. Via de regra perguntamos a um frentista e, quando estamos com GPS, consultamos o mesmo. Não temos disposição de ficar procurando por hotéis ou pousadas e, desde que tenha banheiro privativo e pareça limpo, ficamos no hotel. Neste caso, as surpresas podem ser boas ou ruins. O hotel Los Tilos em Azul, por exemplo, foi uma decepção. Não era muito limpo. Em El Calafate paramos numa hosteria para perguntar por um hotel que eståvamos procurando. O rapaz que nos atendeu foi simpåtico, e lá ficamos. Era uma hosteria muito usada por jovens que viajam o mundo, não dispõem de dinheiro ou não querem gastá-lo. É um hotel de lata. Limpo, mas mal cuidado. No nosso quarto a lâmpada estava pifada, assim como o sistema de válvula do vaso sanitário. Uma hosteria meio bagunçada, descuidada, com uma vista maravilhosa e gente simpática. Jovens da Europa, Estados Unidos, etc, com aquele olhar curioso de quem está por descobrir o mundo. Jovens alegres, simpáticos e respeitosos. Nós poderíamos ser os avós ou no mínimo os pais deles. Não encontramos jovens brasileiros mochileiros. Tenho a impressão que a média dos nossos jovens brasileiros é padrão Cancun, quer conforto, frigobar e TV no quarto. É uma pena. Não sabem o que perdem deixando de viajar o mundo de forma simples e não dispendiosa.
Em Cochrane tive um ataque de riso quando vi nossa cabana. 








Era quase uma choupana, nos fundos de um quintal com um monte de tralhas espalhadas. Mas como as aparências enganam! Quarto, cozinha e banheiro limpos, toalhas macias, colchão muito bom, roupa de cama branquíssima e limpíssima, tipo Fio egípcio 400, chuveiro muito bom. A casa principal primava pelo cuidado. Sentia-se o cuidado e o amor pelos detalhes. A Dna Trudi uma simpatia. 



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