quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Entreveros com a policia argentina...

Hoje é 25 de dezembro. Dia de Natal. Como está absolutamente tudo fechado e praticamente ninguém pelas ruas, resolvemos dar uma longa esticada de carro e tentar chegar até Posadas. Logo na saída de Córdoba havia um controle policial debaixo de uma ponte. Como não havia nem trailer policial, isto parecia meio suspeito. Dois homens fardados faziam o controle. Um carro estava sendo controlado, e nós fomos nos aproximando devagarinho. Um dos policiais nos parou, na própria pista, o que foi estranho, e Ronald não parou totalmente de primeira. O policial mandou parar, e Ronald respondeu que não sabia se era polícia ou bandido. Eu gelei, e já nos vi retidos por desacato à autoridade. O policial ficou tão estupefato com este comentário que de cara não teve reação. Depois mostrou para seu uniforme de policial e Ronald comentou que isto não queria dizer nada, que bandido também usa farda. Perguntou de onde nós éramos, explicamos, pediu para ver os documentos e comentou que a nossa carteira de habilitaçào era muito feia...depois permitiu que seguíssemos viagem. Ainda fomos parados várias vezes. Ora para ver os documentos, ora pra fazer pergunta besta como se tínhamos passageiro no assento de trás. Era visível que não tínhamos outro passageiro conosco.
A estrada de Córdoba a Santa Fé é aprazível, bem cuidada. Depois da cidade de Paraná, a estrada 127, que passa por Federal, fica muito ruim. É uma antiga estrada de concreto, com muitos desníveis e rachaduras, ruim mesmo, e é um trajeto ermo, sem nada no entorno, muito mal cuidada. Comentamos que a estrada era tão ruim que nem polícia tinha. O calor de 32 graus sufocante, difícil mesmo ficar fazendo controle na estrada. Uns 20 km depois passamos por um controle, dois policiais estavam sentados em cadeiras debaixo de uma sombra de árvore. Não nos pararam. Nem dois quilômetros depois, novo controle. A polícia nos para e, acredite se quiser, nos pede uma contribuição financeira. Ronald fica extremamente bravo, se recusa a dar uma contribuição e fala da sua grande decepção com a polícia argentina, relata o que nos aconteceu na vinda e informa que vai por a boca no trombone e escrever para o embaixador brasileiro na Argentina. O guarda fica meio consternado e pede desculpas pelos seus colegas. Isto tudo no meio de uma estrada semi abandonada, sob um calor escaldante.O guarda nos libera, e continuamos nossa trajetória.






Decidimos ficar em Virasoro, onde chegamos às 19:30. A temperatura não baixou muito, agora estamos com 30 graus. Esta será a última noite na Argentina. 

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