quarta-feira, 16 de março de 2016

E hoje teve até "rebu"




O dia amanheceu chuvoso, uma benção numa terra tão seca... Hoje a previsão é a realização de um  sonho! O dia de entrar e conhecer o palácio do Xá Rheza Pahlavi e da imperatriz farah Diba. No palácio ao norte fica a  vila real de Saadabad, ocupada tanto pelos Qajars pelo xá Reza Pahlevi -- deposto pela Revolução Islâmica de 1979 -- é outro agradável passeio, com seus aposentos suntuosos e agradáveis jardins. Visitamos os aposentos, nunca tinha visitado aposentos de uma ex-rainha viva. Farah Diba vive na França, com sua filha. Também visitamos o palácio verde, que pertencia ao pai do xá. Não se pode tirar fotos. A parte interior é toda feita com a técnica de " mirror working " , uma técnica de cobrir paredes e teto com uma espécie de mosaico de espelhos- lindíssimo!  





 










Já um dos marcos mais famosos da cidade é a Torre Azadi, que comemora os 2500 anos do império persa. Com 45 metros de altura, a torre-portal é um centro de comemorações civis .



A Torre Azadi,significando "Torre da Liberdade",anteriormente conhecida como a Torre do Memorial do Rei,é o símbolo de Teerã,capital do Irã,e marca a entrada da cidade.
 


O arquiteto, Hossein Amanat ganhou um concurso para a concepção do monumento, que combina elementos da arquitetura islâmica e sassânida. Faz parte do complexo cultural Azadi, localizado na Praça Azadi de Teerã, em uma área de cerca de 50.000 m². Existem várias fontes ao redor da base da torre e um museu subterrâneo. O icônico Monumento des Martyrs, em Argel (construída, 1982) mostra uma forte influência deste monumento, na sua concepção geral, bem como os seus detalhes.
Construída com pedra de mármore branco da região de Esfahan com oito mil blocos de pedra. A forma de cada um dos blocos foi calculado  por um computador, e programado para incluir todas as instruções para o trabalho do edifício. A construção da torre foi conduzida e supervisionada pelo melhor mestre em pedras do Irã , GhaffarDavarpanah Varnosfaderani. O financiamento principal foi dado por um grupo de quinhentos empresários iranianos.
 A inauguração aconteceu em 16 de outubro de 1971
 
– Museu Iraniano dos tapetes

Fundado em 1976, este museu exibe uma variedade de tapetes persas de todo o Irã. Contém uma biblioteca de mais de sete mil livros. Foi projetado pela rainha Farah Diba Pahlavi. A estrutura exterior vazada foi concebida para se assemelhar a um ter de tapeçaria.






–A Torre de Milad é o mais novo símbolo do Teerã. Foi construída em 2003. Tem uma altura de 435 metros, considerada a 6. mais alta do mundo.


Hoje vivenciamos um rebu no trânsito de Teheran. Passou por nós um irariano num veículo provavelmente montado em fundo de quintal. Ronald, que se interessa por motores e veículos, sacou a máquina fotográfica e tirou uma foto. O sujeito ficou furioso, e jogou o seu veículo na frente do carro onde estávamos, começou a gritar e xingar, obstruindo nossa passagem. O motorista desceu, tentou interceder, e nada! Arman, o guia, desceu, bateram boca, e nada. Apareceu a polícia - nisso o trânsito todo parado- que explicou ao sujeito que não é proibido fotografar veículos e pessoas no Iran. O rapaz se deu mal, pois a polícia solicitou seus documentos e os do veículo, obviamente inexistentes. Não sabemos o final da história, pois seguimos nosso trajeto. 


Comentário em relação a homens e mulheres em Teheran:
Já havia comentado em outro post que as mulheres são muito criativas ao se vestir. Seguem a imposição religiosa, mas usam cores e transparências, calças jean com stretch, leggings, saltos agulha etc. são bonitas, altivas, seguras de si, conversam, riem em público, paqueram, e se relacionam com o sexo oposto de igual para igual ( a geração jovem).

Quanto aos homens, vestem-se como no ocidente. Não vi ninguém de turbante, nem com vestidão. O que chamou a minha intenção é a forma como me encaram. Encaram intensivamente. Não sei se são meus cabelos vermelhos, os olhos verdes, ou o meu biotipo meio nórdico, ou uma combinação de tudo isto que chama tanta atenção. Fato é que me olham insistentemente, até o olhar cruzar, e aí desviam o olhar e seguem em frente. Interessante é que pela cidade inteira há placas com dizeres, entre as quais a seguinte:


Ou seja, não olhar para os olhos de uma mulher para não despertar o desejo carnal. Como é que pode? 

Almoçamos em um café e depois seguimos ao aeroporto, rumo Shiraz.


Os iranianos são um povo simpático e gentil. Principalmente os homens param para conversar. Fiquei pensando o que me agrada tanto neste país, e chego à conclusão que aqui, a gente sente-se bem vinda! Muito rapidamente sentimo-nos à vontade, em casa. 



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