quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Genuinamente nepalês...

14 de setembro
Genuinamente nepalês...
A melhor parte da nossa estadia no Nepal foi hoje. Pedimos ao nosso guia que nos levasse para os arredores de Kathmandu, subindo as montanhas. Ele nos propôs um trajeto de 20km até um pequeno vilarejo nas montanhas. Inicialmente reclamamos, achávamos muito pouco, mas ele nos disse que não poderíamos ir a um lugar mais distante, pois levaríamos 8 horas para ir, e 8 para voltar. Foi difícil acreditar... mas depois de termos feito este passeio hoje realmente acreditamos que mais do que 20 km praticamente não é possível fazer.
A saída de Kathmandu literalmente caótica. Muitos carros, muitos ônibus, tuc-tucs lotadaços, pessoas caminhando prá lá e prá cá, desviando de carros, de motos, de caminhões, veículos tentando atravessar da direita para a esquerda, da esquerda para a direita, motoristas tentando ultrapassar andando perigosamente na faixa contrário, e tudo isto praticamente em câmera lenta, pois mal era possível a locomoção.

 Ainda na cidade, pegamos uma estradinha de terra em péssimas condições. Era um buraco atrás do outro, um solavanco após o outro.

A ponte construída com dinheiro vindo da Alemanha é esta acima. Do lado, tem um ponte pensil para  pedestres.


Passamos por uma ponte construída com dinheiro oriundo da Alemanha, e pouco depois pegamos uma estradinha, agora de asfalto. Mal e mal cabem dois carros um ao lado do outro, e as ultrapassagens sempre são perigosas, pois há muitas curvas. Esta estrada tem um total de 140 km, e leva até o sul do Nepal, divisa com a Índia. A locomoção também aqui é muito lenta.




Paramos para visitar um templo hindu. Tivemos que andar por uma estrada com bastante lama até chegarmos ao local.





Ao lado do templo passa um rio e, acredite se quiser, as pessoas estavam ‘lavando’ o rio. Havia muitas pessoas dentro da água tirando pedregulho, limpando pedregulho, tirando barro, lama e sujeira de toda a espécie.

Fazem isto todas as semanas, pois aos sábados muitos peregrinos chegam a este local para fazer suas oferendas. Oferecem galinhas, e às vezes até cabras. Há muitas barraquinhas onde podem ser adquiridos colares e outras bugigangas para ofertar à shiva. Como em todos os templos, neste também há muitos mendigos e muita sujeira. É preciso ‘abstrair’ a sujeira, do contrário não se consegue apreciar o local.






Houve muitas escadas para descer e subir. Estamos ficando craques, apesar de sempre ser muito cansativo, pois a umidade e o calor matam a gente de cansaço. Simplesmente ficamos com a roupa colada no corpo, transpirando à beça, não tem como escapar disto.
Em seguida fomos ao vilarejo. Descemos do carro e atravessamos o vilarejo a pé. E aí pudemos ter a oportunidade de vivenciar, de observar e olhar de fato como é a Nepal genuína, como é o modus vivendi dos nepaleses.
Odores e cores. Há muitos cheiros, doces ou azedos. Há muitas cores. As mulheres, apesar de toda a pobreza estampada, usam seus saris coloridos como se fossem princesas. São sofridas, mas também são bonitas, são sensuais, muitas vezes tem sorrisos lindos, e sabem pegar no batente. No Nepal dos hindus, os homens são quase como Deus, e as mulheres foram feitas para servi-los. Elas é que fazem o trabalho pesado. Se o homem for 'bonzinho', ajuda, mas se não for, as mulheres trabalham de sol a sol, faça chuva, faça vento, faça calor ou frio.


















No vilarejo há duas escolas. Uma pública e uma particular. Há pouco tempo de aula, cerca de 4 horas por dia (diferentemente do Nepal, onde os alunos tem 7 horas/aula diárias). Há um hospital, até em bom estado. As construções são variadas. Há muito, muito lixo espalhado, a sujeira faz parte da forma de vida dos nepaleses. Esta visita foi muito interessante, e levamos muito tempo para atravessar o vilarejo.



Depois, retornamos a Kathmandu e, mais uma vez, muita poluição, muito buzinaço, muito trânsito até chegar ao hotel.



3 comentários:

  1. muito interessante, Beate! Adorei seus relatos! boa continuação da viagem e com certeza volto aqui para espiar mais um pouco.... bjs!

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  2. eu acho que até em mim aquela porta bate na testa... é o planeta dos gnomos? e o que é aquela fritura toda? o povo deve ter um estômago forte em ;) hahahaha

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  3. Vou me programar para 2015! seguirei seu roteiro! Obrigada pelo relato!

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