segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

De Sydney a Ayers Rock e um primeiro contato com o mágico Monte Uluru


Décimo Sexto Dia: de Sydney a Ayers Rock

Os dias na Austrália realmente são um espetáculo, ou então estamos tendo muita sorte. O dia amanheceu lindo, sem nuvens, mas quente. Mas mal sabíamos o que nos esperaria em termos de calor chegando em Ayers Rock.
Fizemos o check out e, quando o motorists chegou (pela primeira vez em cima da hora, normalmente chegam antes), fomos até o aeroporto. Quando entramos no aeroporto foi um choque. Parecia uma rodoviária numa véspera de feriado. Lotadaço. Já prevíamos dificuldades para o check in mas qual nada, o check in foi super rápido e ainda conseguimos dois lugares na emergência. Perfeito!  Ficamos fazendo hora até o embarque. O voo foi super tranquilo, o avião não estava lotado. Voamos pela Jetstar, um avião que não oferece nem água, tudo é comprado. De manhã, quando estávamos no café da manhã, fizemos o papel de farofeiros e preparamos sandwichs, o que na hora da fome no avião se mostrou mais do que acertado. Comemos nossos sandwichs e maçãs e compramos café.  Grande parte do trajeto é sobre deserto, a terra é amarronzada, que depois se transforma em terra vermelha. Me dei conta que errei na preparação da bagagem, pois não levei sapatos, somente sandálias. Acho que vou pagar caro por isto, pois meus pés vão ficar em estado de penitência… Vimos um monte que achamos ser o Uluru, e dai-lhe tirar fotos. Depois descobrimos que era o monte errado…


O monte Uluru fica próximo de onde aterrisamos, e apesar de proibido, consegui tirar uma foto ao sair do avião. Havia esquecido que em área de pouso e decolagem não se pode fotografar. Pegamos nossa bagagem e saímos. Que choque! O calor chega a ser estridente, dá vontade de parar e não dar mais um passo à frente. Há uma brisa quente, mas quente mesmo. Já estive em muitos lugares quentes neste mundo, mas este, nossa, é demais. Fomos até o ônibus que nos levaria ao hotel. Seguimos, então, para o Sails Desert  Hotel, que como os outros hotéis fica no meio do nada. Aparentemente não há nem vilarejo por perto. O nosso quarto é amplo, muito confortável, com uma bela varanda. Mas com este calor, não há ânimo para ficar na varanda. Quente demais. Teremos que esperar o cair da tarde para aproveitar uma piscina e ficar nas espreguiçadeiras da varanda. Como não há absolutamente nada para fazer fora os programas já contemplados pelo pacote que fechamos com a Queensberry, o jeito é descansar, o que vem a ser uma ótima pedida, pois os dias anteriores foram muito cansativos e, assim que retornarmos a São Paulo, ambos iremos trabalhar, não havendo espaço para recuperação das energias perdidas durante a viagem. 






Às 16 horas achávamos que não estava mais tão quente assim, e resolvemos dar uma volta e ir até um bottle shop nas imediações, para comprar água e cerveja. Para cortar caminho, decidimos ir pela areia, 'escalar' um monte', descer do outro lado, atravessar a pista de asfalto, pegar um caminho  pela areia até o shop. Que idéia de jirico. A areia estava quentíssima, o calor sufocante, pensei que ia secar por dentro de tão desidratada que me senti fazendo este curto percurso. Cheguei no shop ofegante. Compramos um litro de água e 6 cervejas. Resolvemos tomar uma cada um de nós lá mesmo, mas o dono do shop veio falar conosco e disse que isto não seria possível, pois o shop não tinha autorização para que a bebida alcoólica fosse consumida lá. Caramba! E agora? Já havíamos aberto as cervejas, e até o hotel era longe. Decidimos nos comportar feito adolescentes que fazem coisa errada. Fomos zanzando pelos fundos e pelos lados de um hotel e restaurante que ficava do lado até chegar ao local onde pegaríamos um shuttle até o nosso hotel. Neste caminho, fomos tomando goles de cerveja de forma escondida, apesar de não haver ninguém à vista, rsrsrsrs, mas sempre podia ter uma câmera para nos flagrar. Chegamos no local do shuttle, mas não havíamos bebido a cerveja toda ainda. Entramos no shuttle e eu acho que de tão agitados acabamos descendo no hotel errado, e fomos por uma trilha até o nosso hotel. Aos goles e de forma 'disfarçada' bebemos o resto da cerveja. 








No hotel fomos à piscina, que delícia, pois o calor é mesmo sufocante. Amainou um pouco no início da noite, mas não foi significativo. 


No início da noite fomos de ônibus a um local um pouco mais elevado, com vista para o Monte Uluru, onde estava montado todo o aparato para um jantar sob as estrelas. Inicialmente foi oferecido prosecco e alguns salgadinhos, e quando anoiteceu nos encaminharam às mesas lindamente postas. Estávamos sentados numa mesa com mais 8 pessoas, sendo que 2 da Itália, 2 da Alemanha e 4 dos Estados Unidos. A conversa rolou solta, em Inglês e Alemão. O jantar não foi aquelas coisas, esperava coisa melhor, mas o lugar, o ambiente, as pessoas… esta noite foi inpagável. Explicaram-nos as constelações que podiam ser vistas, mas a lua crescente impediu que pudéssemos ver muitas delas. Eu não reconheci constelação nenhuma, mas a pessoa que estava dando as explicações jura que a Cruz do Sul estava lá. Foi uma noite linda e mágica. Infelizmente encerrou cedo, pois todos tinham que retornar ao hotel, e nós teríamos que tentar dormir pelo menos um pouco, pois o nosso dia seguinte iniciaria às quatro horas, para ir ao Monte Uluru assistir ao sunrise.














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