quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Kanguru, cobra, crocodilo, de tudo um pouco, e muito mais!


Décimo Segundo Dia: Dintree Rainforest

Kanguru, cobra, crocodilo, de tudo um pouco, e muito mais! 

Que dia! Quando fechamos este passeio não imaginávamos que seria tão intenso, tão repleto de aprendizados e tão quente…
Saímos às 7 da manhã numa espécie de caminhão 4x4 adaptado para passageiros, com amplas janelas e ótima visão do entorno. Buscamos os outros passageiros, 12 no total, e seguimos por uma excelente rodovia rumo à costa norte. Paisagem desde já deslumbrante. Morros com floresta tropical de um lado, oceano Pacífico do outro, e às vezes estreitas faixas de plantação de cana de açúcar. Passamos por várias cidadezinhas, e depois entramos mata adentro. Uma floresta tropical exuberante, muito semelhante à floresta na Costa Rica. Densa, com árvores realmente frondosas, muitas samambaias e espécies parecidas enormes. Fizemos uma breve caminhada mata adentro, sobre um estrado que respeitava as árvores.







Aquelas que estavam no caminho eram contornadas com um buraco no estrado para não danificá-la.  No caminho encontramos um cassewarie, um pássaro (que não voa) enorme que parece uma mistura de avestruz com peru, com pescoço azul e papo vermelho, e que é considerado o rei da florestas. As penas são negras e brilhantes. Um animal exuberante. Estava com três filhotes.  Depois de apreciar o espécime e tentar tirar fotos, retornamos ao nosso veículo e seguimos mata adentro. Paramos várias vezes, e o guia, que aqui é multicompetente (sabe guiar, dirigir carro, dar explicações históricas, geográficas, tem conhecimento de botânica e zoologia, faz churrasco, corta frutas e explica cada uma, faz chá, e isto tudo somente neste percurso que fizemos hoje) dava explicações. É fascinante o conhecimento que estas pessoas tem.  Paramos à beira do rio para tomar um banho refrescante, porque o calor úmido da floresta tropical é de rachar e, enquanto isso, o guia preparou uma mesa de frutas e um chá muito peculiar, com água do rio e um preparo que nunca tínhamos visto antes. Ferveu a água, jogou o chá aos punhados na água, depois pegou a panela e começou a girá-la como se fosse uma roda, em seguida bateu com um pau na parede da panela e somente depois serviu o chá, que por sinal estava delicioso. Provamos de todas as frutas, que estavam muito doces: papaya, abacaxi, maracujá doce, cará, mangava, fruta do conde. Delicioso e refrescante. 


Seguimos viagem (hoje fizemos 320 km), até chegarmos a um restaurante onde havia vários bichos, desde pássaros, cobras e cangurus. Os cangurus eram dóceis e comeram da nossa mão. Das cobras nem cheguei perto.  Enquanto isto, o nosso guia preparou um delicioso barbecue e almoçamos em seguida. Várias saladas completaram o menu. Seguimos pela mata até chegar ao rio Daintree. Lá embarcamos num barco, e subimos o rio. Para mim foi o momento mais contemplativo e bonito do dia. Navegávamos em silêncio, à espreita de cobras, pássaros e crocodilos. Vimos uma cobra enroscada num galho, e um crocodilo de 2 anos. Hoje não quiseram aparecer para os turistas.  Mas a subida pelo rio valeu por si mesma. Linda demais! 







Iniciamos nosso retorno. No caminho, estourou  a corrente do ar condicionado. Por sorte já estávamos na orla, e o frescor marinho facilitou a viagem de retorno realizada sem ar condicionado, o que é quase inviável. 



Chegamos em Cairns à noite. Muito cansados, mas muito satisfeitos com o belíssimo e instrutivo passeio realizado no dia de hoje. 

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