segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

E a magia continua neste lugar com muita história e muita energia. Último post desta viagem.


Décimo Sétimo Dia: Ayers Rock. Monte Uluru.

Nosso dia iniciou cedo, com o despertador tocando às quatro horas. Levantamos e nos arrumamos rapidamente, para irmos de ônibus ao local de onde apreciaríamos o nascer do sol no Monte Uluru.

O amanhecer foi mágico, maravilhoso, muito especial. O Monte Uluru, que inicialmente ainda estava banhado na escuridão foi criando forma e cor e, à medida que o dia amanhecia, foi clareando até ficar com uma cor vermelho alaranjada, todo ele sendo banhado pelos raios solares. Poucas pessoas conversavam. A maioria ficou em silêncio, contemplando este momento tão bonito. 








Depois que o dia amanheceu completamente, o ônibus de turismo nos levou até a base do Monte Uluru. O Monte Uluru é todo de arenito, e existe há 300 milhões de anos. É imponente, majestoso. Como o arenito acumula muita água e o monte está exposto a fortes variações de temperatura, a água penetra na rocha e por vezes grandes pedaços de rocha desprendem-se e caem no solo. Mas tudo fica do jeito que está. Ninguém tira nem põe nada. O Monte Uluru é protegido e se encontra num imenso Parque Nacional, formado por mais algumas elevações como o Kata Tjuta e rodeado por um deserto, cuja particularidade são arbustos de pequeno porte que de longe parecem touceiras de grama, mas na realidade são pequenos arbustos repletos de espinhos. Até as árvores tem espinhos. Muito raramente vê-se uma florzinha. Há muitas cobras venenosas, mas elas não ameaçam o ser humano. Rastejam pelo solo sem atacar. Vimos somente uma, que rapidamente sumiu entre os arbustos.  Para andar na região, somente nas trilhas indicadas. O risco de ser picado por cobras fora da trilha é grande. Mas em toda a Austrália somente duas pessoas morreram de picada de cobra, ao passo que em Sri Lanka  21.000 já morreram. 
Fizemos uma longa caminhada ao longo da base do Monte Uluru. Em algumas partes da caminhada é proibido fotografar e filmar, por tratar-se de lugar sagrado. Um casal de alemães teve muita dificuldade em aceitar isto, mas acabaram conformando-se de que lugares sagrados precisam ser respeitados, mesmo que eles não acreditem no sagrado. 













No início a caminhada foi tranquila. O sol ainda não estava muito forte. Mas, à medida em que a manhã ia avançando a caminhada foi ficando cada vez mais difícil. Para mim foi dificílima, pois estava de sandália, não havia pensado na proteção dos pés quando fiz a minha malinha. Paguei o preço por esta burrice, pois fiquei com o pé em brasas, o que inviabilizou a caminhada da tarde a Kata Tjuta, para visitar as cúpulas gigantes rochosas formadas no meio do deserto com uma caminhada de três horas para chegar ao Vale dos Ventos. Somente Ronald foi a esta caminhada, prá mim o estado dos meus pés não permitiu apreciar mais esta maravilha. Lamentável!
Tomamos muita água durante a caminhada, a desidratação é um perigo real.  
Fizemos uma visita ao Centro Cultural de Kata Tjuta, e depois mais uma caminhada até a base de Kunira - local sagrado no monte, com pinturas rupestres aborígenes.
Caminhada à base de Kunira - local sagrado no monte, com pinturas rupestres aborígenes. 





Ao retornar ao hotel estava exausta, meus pés pareciam uma tocha de fogo. Resolvi ficar no hotel e descansar. Aproveitei para baixar as fotos e concluir as postagens que ainda estavam em aberto.
À tarde choveu rapidamente. Chuva abençoada. Os locais ficaram muito felizes, e nós também, foi uma chuva muito bem vinda. 

O registro desta viagem termina por aqui. Amanhã vamos a Sydney, pernoitamos lá e no dia seguinte embarcaremos ao Brasil.
Foi uma viagem muito intensa, com muitos locais que visitamos, lugares e pessoas que conhecemos. Tanto a fase Nova Zelândia quanto a fase Austrália foram belíssimas. Foi uma viagem abençoada. Tanto a chuva quanto o sol não atrapalharam, permitiram sim luminosidades diferentes.  Fizemos muitos trajetos aéreos nesta viagem, diferentemente de outras viagens que já fizemos. As distâncias eram longas, o tempo reduzido.  Cada dia de viagem valeu pela sua intensidade, pela sua beleza, pela sua magia. 
Agradeço por cada dia vivido!

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